Por dois votos de diferença, greve é mantida na Ufersa
Uma nova assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira, 14, às 8h30, quando os professores avaliarão o posicionamento nacional e voltarão a discutir se continuarão ou não em greve.

Em rodada de assembleias, categoria decidiu não aceitar a saída unificada da greve – Foto Wilson Moreno
A categoria não aprovou o indicativo do comando nacional para saída unificada de greve, no período de 13 a 16 deste mês. Em Mossoró, 49 docentes votaram contra a saída, 21 a favor e cinco abstiveram-se da votação. Em Pau dos Ferros foram 23 votos pela saída unificada e nenhum contrário. Em Caraúbas, cinco professores votaram contra a saída e onze a favor da medida e em Angicos foram dez votos contra e sete a favor da saída unificada.
Dessa forma, a paralisação, iniciada no dia 28 de maio, continua e agora a categoria espera o posicionamento do Comando Nacional de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (CNG do ANDES-SN). Uma assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira, 14, às 8h30, quando os professores avaliarão o posicionamento nacional e voltarão a discutir se continuarão ou não em greve.
Na assembleia de Mossoró, antes de votarem se aceitariam o término unificado do movimento, os professores rejeitaram, por unanimidade, o acordo proposto pelo Governo Federal, bem como a assinatura do documento. A proposição do Governo Federal foi de reajuste de 10%, segundo os professores debatiam em assembleia.
Os docentes da Ufersa estão há mais de quatro meses em greve, e ressaltam que nesse período nenhuma medida efetiva foi adotada. Com a entrada de um novo ministro na pasta da Educação, a categoria não quer sair sem ter pelo menos uma tentativa de negociação.
Durante a assembleia os professores deram várias sugestões, tanto no sentido de acatar a saída da greve, como de não aceitar a proposta e radicalizar o movimento. Mas, ao final, em votação, foi decidido pela continuidade da paralisação, enquanto aguardam a decisão das outras universidades federais.
Durante a assembleia, o presidente da Adufersa, Joaquim Pinheiro, ressaltou que a greve tem sido importante, porque através dela os professores conseguiram reduzir o período de reajuste, que seria em quatro anos, e baixou para dois anos. “Em virtude de várias universidades já terem saído da greve, não tem capacidade de conseguir mais do que foi alcançado”, disse durante a sua fala na assembleia.
Os docentes também cogitaram a possibilidade de uma ação na data do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), mas isso ainda será discutido. A proposta será levada ao comando de greve nacional e apreciada pelo mesmo.