Professores e técnicos administrativos da Universidade Federal do Rural do Semi-Árido (UFERSA) realizaram, na tarde de ontem, 2, uma mobilização na Praça Rodolfo Fernandes. A mobilização teve como objetivo mostrar à sociedade os motivos pelos quais os trabalhadores estão em uma greve que já dura mais de um mês.

O presidente do Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do RN (SINTEST/RN), Francimar Honorato, destacou que o movimento grevista fez um mês em 28 de junho.

“Nossa pauta de reivindicação pede 27.3% para todos os servidores federais, mas o governo no dia 25 do mês passado fez uma proposta de 21,3%, divididos em quatro anos. Não sei nem que nome dar a isso”, afirmou.

Segundo ele, no dia 7 deste mês haverá uma nova rodada de negociações em Brasília, que vai coincidir com uma caravana do serviço público federal em Brasília. “Vamos mostrar a nossa insatisfação com o governo, assim como a posição contrária ao corte financeiro para com o Ministério da Educação, que vai atingir as universidades. A Ufersa, por exemplo, poderá ter um corte de 50% no orçamento. Temos também a nossa reivindicação da data-base”, explicou.

O presidente da Associação dos Docentes da Ufersa (ADUFERSA), Joaquim Pinheiro, destacou a importância do movimento grevista. “É um alerta e ao mesmo tempo um repúdio à postura do Governo Federal para com a educação pública. Quando o Governo anuncia um corte de 9,4 bilhões para a Educação e consequentemente 1,5 bilhão para a Ufersa, atinge diretamente o processo de ensino, pesquisa e extensão. Portanto, essa luta não é só nossa, mas da sociedade”, afirmou.