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Grupo OAS: venda das ações é “um direito que compete ao acionista”

Arena das Dunas foi construída para a Copa do Mundo e teve um custo de R$ 423 milhões

arena
O Grupo OAS, formado por um conglomerado empresarial do ramo da construção civil, afirmou através de nota divulgada na manhã desta quarta-feira  (1) que a OAS Arenas S.A., empresa do Grupo que detém 100% das ações da Arena das Dunas, não está em processo de recuperação judicial. Entretanto, segundo informações que constam no site do Grupo OAS, nove empresas que compõem o conglomerado já entraram com o pedido de recuperação à Justiça do Estado de São Paulo, como uma solução para renegociar suas dívidas com credores e fornecedores.
As informações das vendas dos ativos pelas nove empresas são encontradas no site institucional da OAS S.A. De acordo com a publicação no site, serão colocadas à venda a participação do Grupo na Invepar (24,44% do negócio), maior aeroporto da América Latina; suas ações no Estaleiro Enseada (17,5%); a OAS Empreendimentos (80%); a OAS Soluções Ambientais (100%); a OAS Óleo e Gás (61%) e a OAS Defesa (100%). Também serão negociadas a Arena Fonte Nova (50%) e a Arena das Dunas (100%).
Para a imprensa local, o Grupo OAS nem confirmou nem negou diretamente sobre a venda da Arena das Dunas, construído para uso durante a Copa do Mundo em Natal. Na nota divulgada, o Grupo apenas informa que a OAS Arenas S.A. é a empresa que detém 100% das ações da Arena das Dunas e 50% da Arena Fonte Nova e que ela não está em processo de recuperação judicial.
Porém, o Grupo esclarece que “uma eventual venda das ações, direito que compete ao acionista, não interfere na gestão operacional das referidas arenas [Arena das Dunas e Arena Fonte Nova]“, colocando em dúvida a possibilidade de venda dos estádios.
A construção da Arena das Dunas teve um custo de R$ 423 milhões. Desse montante, a OAS Arenas S.A teria investido R$ 100 milhões e o restante foi financiado pelo Governo do Rio Grande do Norte pelo BNDES. No caso do estádio potiguar, foi fechado um contrato de 19 anos para operar a Arena das Dunas. Já em Salvador, a concessão de operação do estádio seria por 35 anos, cujo valor total ficou em R$ 689 milhões.
Pedido de recuperação
De acordo com a publicação no site do Grupo OAS, com data de 31 de março deste ano, o presidente da OAS Investimentos, Fabio Yonamine, explicou a razão do pedido de Recuperação Judicial e das vendas.
“O setor de infraestrutura depende de financiamento intenso de capital para o desenvolvimento dos projetos que dão suporte ao crescimento econômico do País. Desde o início das investigações na Petrobras [Operação Lava Jato], as instituições financeiras têm sistematicamente restringido o acesso das empresas aos recursos necessários para a manutenção das obras. Com quase 40 anos de vida, a OAS se vê impelida a tomar medidas que lhe permitam continuar a operar num processo saudável de renegociação das dívidas, preservando milhares de empregos diretos e indiretos”, afirmou.

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