Afim inicia venda de pescado da semana santa
O Afim vai disponibilizar 26 toneladas de peixe até a próxima sexta-feira, 3. A espécie comercializada é a corvina. O produto está sendo comercializado ao valor de R$ 8,50 o quilo.

Apesar de não ser católico, o pedreiro Francisco Vicente já garantiu o pescado que será consumido na sexta-feira – Foto Wilson Moreno
A venda do pescado oferecido ao preço abaixo do mercado pelo Abatedouro Frigorífico Industrial de Mossoró (AFIM) deve ser intensificada hoje e amanhã. A comercialização começou ontem, 31 de março, e muitos consumidores já garantiram o peixe que será consumido nesta Sexta-feira da Paixão, seguindo a tradição dos católicos. O programa desenvolvido pela Prefeitura durante a Semana Santa visa ofertar um produto de qualidade e com preços acessíveis ao consumidor.
O Afim vai disponibilizar 26 toneladas de peixe até a próxima sexta-feira, 3. A espécie comercializada é a corvina, nos seguintes pontos da zona urbana de Mossoró: Afim, bairro do Alto de São Manoel (próximo à delegacia), Cobal, Mercado Central, Centro Comercial do bairro Abolição 2, bairro Alto da Conceição (próximo ao mercado público), Mercado do Bom Jardim, bairro Aeroporto, bairro Abolição IV e o Santa Delmira. O horário de venda será das 7h às 17h. O produto está sendo comercializado ao valor de R$ 8,50 o quilo, apresentando um preço de até 30% menor do que é o praticado no comércio.
No ponto localizado no Alto de São Manoel, a venda na manhã de ontem já estava ocorrendo com grande procura, mas a expectativa dos vendedores é que hoje à tarde a movimentação se intensifique ainda mais. “Aconselho as pessoas a procurarem logo, pois acredito que na quinta-feira acabe tudo logo pela manhã. Trabalho na venda há mais de 20 anos e é sempre assim, quem deixa para a última hora pode ficar sem o peixe”, ressalta o vendedor Antônio Alves.
O pedreiro Francisco Vicente da Silva tratou de garantir o almoço da Sexta-feira Santa logo ontem pela manhã. Ele foi um dos primeiros clientes a procurar o quiosque no Alto de São Manoel. “Não gosto de tumulto e sei que sempre acontece nos últimos dias. Odeio pegar fila por isso vim logo hoje [ontem]. É bom aproveitar o preço mais baixo do peixe. Apesar de ser evangélico, lá em casa tem essa tradição de comer o peixe que vem desde os meus pais e nós seguimos até hoje”, comenta.
“É importante que a tradição do consumo de peixe na Semana Santa esteja ao alcance de todos. Pensando nisso, disponibilizamos essa quantidade de pescado a valores mais acessíveis, garantindo que os costumes serão mantidos pelas famílias mossoroenses”, disse o secretário de Agricultura e Recursos Hídricos, Rondinelli Carlos.
Este ano, pela segunda vez consecutiva, a zona rural também será contemplada através de um posto volante, nos seguintes polos: Maisa, Alagoinha, Barrinha, Hipólito, Passagem de Pedras e Jucuri.
Venda de Bacalhau ainda é tímida
O peixe Bacalhau é um dos alimentos mais tradicionais na mesa dos cristãos na Semana Santa. O valor cobrado pelo quilo do produto, no entanto, tem afastado a clientela das gôndolas dos supermercados. Uma das explicações para o preço atual do peixe é a alta do dólar, já que se trata de um produto importado.
Num dos supermercados da cidade, o funcionário, que não quis se identificar informou que a procura ainda está pequena, mas que já começou. Ele acredita que até amanhã a procura aumente. O preço cobrado pelo quilo do Bacalhau Saith está em média R$ 34,98 e o Bacalhau do Porto sai em média por R$ 52,99 o quilo.
A aposentada Maria Rosângela Silva conta que não abre mão de consumir nem que seja um pedaço do bacalhau e estava comprando uma bandeja com cerca de 500 gramas, mas ainda não sabia qual prato faria com a iguaria. “A gente tem que usar a criatividade e inventar o que for. Com o preço cobrado não dá pra comprar muito, então a gente compra um pedaço e faz o que dá. Quem sabe um omelete, algo desse tipo. O importante é não ficar sem”, conta a senhora.