Crise na Prefeitura de Mossoró: Silveira Júnior manda cortar diárias, festas e aditivos
Blog do César Santos
A Prefeitura de Mossoró está quebrada.
Essa é a sensação transmitida pelo pacote amargo anunciado ontem pelo secretário de Planejamento, ex-reitor Josivan Barbosa (PT), escalado pelo prefeito Silveira Júnior (PSD) para tratar do assunto tão delicado quanto preocupante.
No programa “Jornal Difusora”, apresentado pelo jornalista-radialista Carlos Skarlack, as principais medidas foram apresentadas em primeira mão.
Veja:
1 – Corte de 50% nas despesas com passagens e diárias em relação aos valores gastos em 2014;
2 – Corte de 20% em gasto com energia elétrica, combustível, água e telefone;
3 - Corte em novos contratos de prestação de serviços, de consultoria, de locação e reforma de imóveis, de veículos, máquinas e equipamentos;
4 – Corte em aditivos de contratos que impliquem no aumento de custos;
5 – Suspensão de todas as licitações para obras e engenharia civil (tem alguma?), exceto as que são oriundas de recursos federais;
6 – Suspensão em participação em cursos, seminários, congressos e simpósios;
7 – Suspensão da realização de eventos (vale para o Mossoró Cidade Junina?), recepções, solenidades, inaugurações e outros eventos que impliquem em custos ou apoio a eventos realizados por terceiros;
8 – Suspensão na concessão de horas extras para serviços públicos e efetivos e realização de novos concursos públicos para provimentos de cargos efetivos.
Pois bem.
Nunca antes uma gestão municipal teve que fazer cortes tão profundos como agora. O quadro sugere que aquela brincadeira de 2013, com entra-e-sai de prefeito, e a sequência de duas eleições em 2014 (suplementares e as gerais), com a máquina funcionando a todo vapor, a conta sairia cara para o município.
E saiu.
O que está acontecendo agora foi previsto lá atrás pelas pessoas com um mínimo de bom senso. Não vale a justificativa de que a crise na economia nacional pegou de jeito a Prefeitura de Mossoró. Não procede. Os municípios bem administrados e que não sofreram com o processo de troca-troca de gestor, estão enfrentando a situação sem sobressaltos e sem a necessidade de adotar medidas tão drásticas.
O fato é que não tiveram a mínima responsabilidade com Mossoró, cidade rica, próspera, e que vinha numa sequência de desenvolvimento realçada em todo o País.
Essa sequência foi interrompida a partir do momento em que a cidade passou a viver sob a sombra densa da insegurança político-administrativa. E de outras coisas que precisam ser investigadas, para que a conta não aumente no bolso do cidadão mossoroense.
LEIA OS BASTIDORES DA POLÍTICA NO BLOG DO CÉSAR SANTOS