Ex-diretor da Petrobras diz que ajudou político do PT do Rio
O ex-diretor da estatal é uma das principais fontes da Operação Lava Jato, criada pela Polícia Federal em março deste ano, para investigar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado 10 bilhões de reais. Na última quarta-feira, ele e o doleiro Alberto Youssef prestaram depoimento na Justiça Federal, como parte do acordo de delação premiada, no qual trocam informações por uma pena mais branda.
Segundo o jornal, no interrogatório, as autoridades perguntaram a Costa sobre uma planilha apreendida em sua casa, na qual estavam escritos nomes de empresas e notas sobre coleaborações para uma campanha. Grande parte delas prestam serviços para a Petrobras. Sem citar nomes, o ex-diretor disse que um candidato ao governo do Rio de Janeiro havia procurado sua ajuda no início do ano.
A Folha de São Paulo afirma que o referido político é Lindberg Farias, senador do PT, que nega a entrega da planilha, mas confirma que teve contato com Paulo Roberto Costa. Segundo ele, as reuniões foram somente para tratar do programa de governo nas áreas de óleo e gás.
A planilha inclui, segundo o jornal, os nomes de seis empresas foram mencionados: Mendes Júnior, Iesa, Toyo/Cetal, UTC/Constran, Engevix e Hope RH, sendo que nas três últimas o nome de Paulo Roberto estava relacionado para fornecer ajuda. Ainda houve menção ao marqueteiro Valdemir Garreta e à construtora OAS, para a qual Garreta presta assessoria.