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Cartaz na entrada da UBS informa o motivo da falta de atendimentoA Unidade Básica de Saúde (UBS) Renê Carlos Castro, localizada no bairro Boa Vista, suspendeu durante toda a manhã de ontem o atendimento à população. Em cartaz fixado no portão de acesso ao posto, a informação é de que a paralisação das atividades foi motivada pela falta de segurança no local. Na tarde da quinta-feira, a Unidade foi assaltada pela sexta vez. Somente no último ano foram três assaltos na Unidade e outros tantos nas mediações do posto de saúde.
No momento do assalto, havia cerca de 20 usuários na Unidade Básica, inclusive gestantes. Além do atendimento obstétrico, o local também realizava consultas com o clínico geral.
"Eram dois indivíduos, que entraram armados e anunciaram o assalto, fazendo praticamente um arrastão entre os usuários e funcionários. Eu, inclusive, fui vítima. A sensação agora é de medo, por isso a direção optou por fechar durante a manhã", conta o funcionário da UBS, Nivaldo dos Santos.
A coordenadora da rede de Atenção Básica da Prefeitura, Luana de Sousa, informou que as medidas necessárias para garantir a segurança nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade serão adotadas e que, após dialogar com os funcionários, a situação foi contornada e os funcionários reabriram a UBS.
"Hoje mesmo estivemos na UBS do Boa Vista, conversamos com os funcionários, nos solidarizamos com eles e pudemos mostrar que essa não é só uma situação de Mossoró. O problema da segurança é nacional, todos somos vítimas. No caso das Unidades, vamos analisar quais estão em áreas de risco e a partir daí começaremos a tomar medidas para garantir a segurança de todos ", destacou.

As denúncias de falta de segurança nas UBSs de Mossoró não são uma novidade para a maioria dos funcionários e pacientes que utilizam as Unidades. Ainda em 2012 a reportagem do jornal O Mossoroense denunciava os constantes assaltos na UBS Chico Costa, que fica no bairro Santo Antônio.
De acordo com funcionários da Unidade, que preferiram não se identificar por medo de represália, até hoje o local ainda sofre com a falta de segurança. De acordo com eles, entre 2013 e 2014 vários assaltos marcaram a rotina de trabalho. "Roubaram daqui uma TV, receptor da parabólica, cadeira de rodas, cadeira da recepção", relata um dos funcionários.
A UBS não possui nenhum tipo de policiamento ostensivo, nem patrulhamento de segurança particular. De acordo com os funcionários, os guardas que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Conchicita Ciarlini, que fica ao lado da UBS, acabam por ajudar na segurança do local.