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MOSSORÓ

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POLÍTICA...

‘Não podemos descartar a possibilidade de apoiar a candidatura de Robinson’

Postado às 06h00 Cafezinho com César SantosNenhum comentárioEnviar por e-mail
Até pouco tempo o professor Francisco Carlos, embora já filiado a um partido político, o PV, era apenas um quadro qualificado para o serviço público. Sua experiência no corpo docente da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), o credenciava a qualquer função pública.
Convocado de primeira hora pela então prefeita recém-eleita Fafá Rosado (PMDB), em meados dos anos 2000, ele acabou se transformando numa das principais peças da gestão municipal. Assumiu a Supersecretaria da Cidadania e deu a resposta que se esperava dele, com destaque para o projeto que virou lei em defesa do ensino público municipal – “Responsabilidade Educacional”.
Em 2012, incentivado pelo grupo político do qual faz parte, aceitou a candidatura à Câmara Municipal de Mossoró, tendo sido eleito com votação consagradora.
Agora, menos de dois anos de mandato, Francisco Carlos assume novo desafio: presidir o Legislativo no momento em que a política mossoroense ainda não se refez das turbulências da cassação de mandato da prefeita Cláudia Regina (DEM) e da eleição suplementar do prefeito Silveira Júnior (PSD).
Para falar sobre esse e outros temas políticos, o novo presidente da Câmara Municipal de Mossoró tomou “Cafezinho com César Santos”.

O senhor tem apenas 1 ano e seis meses de mandato, mas já é o presidente da Câmara Municipal de Mossoró. Evidentemente, um desafio para um político considerado ainda em formação dentro do legislativo. Como se sente para enfrentar esse novo desafio?
Do ponto de vista administrativo, em si, recebo essa desafio com muita tranquilidade, em função da experiência adquirida em cerca de 25 anos de serviço público. Acredito que nós vamos ter plenas condições para a condução da parte administrativa e financeira. O faremos com muita propriedade, não tenha dúvida. A complexidade se dá em torno da condução política da Câmara. São 21 vereadores, cada um com autonomia, liberdade de expressão e de atitudes. Então, conseguir congregar esses interesses dentro dos objetivos da Casa, que é oferecer respostas positivas aos anseios da população, será o nosso grande desafio.

A sua eleição foi construída dentro de um ambiente de intensa disputa, embora o senhor tenha conquistado ampla maioria de votos. No entanto, é certo que ficaram fissuras políticas. É possível, então, dentro desse ambiente, estabelecer a harmonia entre os contrários em nome da Casa?
Acho que é possível, agora, se isso se materializar na prática só o tempo vai dizer. Mas acho perfeitamente possível a convivência dos contrários, das diferenças pessoais que eventualmente tenham, e isso é comum, porque o mais importante é o legislativo apresentar respostas à sociedade. Veja só: nesse curto tempo que estou na Câmara, já vi amizades se desfazerem e refazerem posteriormente, e acho que isso faz parte da natureza humana. No Legislativo não é diferente. Agora, desde que o sentido maior da Casa seja preservado, o que tem sido feito até aqui por nós vereadores, estará tudo bem. Na qualidade de presidente da Câmara, vou trabalhar no sentido de estabelecer a harmonia, já conversei com todos eles desde a minha posse no cargo, e acho perfeitamente possível conduzir a Casa com esse o clima de paz e tranquilidade. Vamos administrar com todos.

O presidente que saiu, Alex Moacir (PMDB), disse que equilibrou as finanças da Casa e ainda deixou um caixa de 255 mil reais, algo inédito para um ambiente onde o discurso da dificuldade financeira sempre existiu. Isso torna a sua responsabilidade ainda maior?
Vejo que o vereador Alex Moacir fez uma boa gestão, conduziu a Casa com propriedade. Digo que muitas coisas positivas que ele implantou eu vou preservar, de maneira que enalteço o trabalho realizado pelo colega. No que diz respeito a questão financeira, eu vejo um Legislativo que precisa se modernizar, inovar em técnicas de gestão administrativa e financeira, e isso parece bem evidente. Em relação ao saldo de caixa dito por Alex Moacir, é verdade, nós temos um saldo de 255 mil reais, mas também existem compromissos a serem cumpridos com esses recursos. Nesse mês de junho nós vamos ter que saldar o INSS e esse dinheiro vai ser utilizado integralmente para esse compromisso.

O grupo político do qual o senhor faz parte, liderado pela ex-prefeita Fafá Rosado (PMDB), está distribuído em três legendas: PV, PMDB e DEM, além disso faz parte da base de sustentação do prefeito Silveira Júnior, que é do PSD e tem o PT como agregado. Diante dessa mistura de letrinhas e de interesses políticos individuais, como o grupo do senhor vai seguir nas eleições 2014?
O primeiro ponto é inquestionável: o nosso grupo vai marchar uníssono. Agora, é certo que haverá alguma necessidade de adequação. Gostaria que isso não acontecesse, mas não depende da nossa vontade. Essa é uma opinião pessoal, mas nós não podemos descartar essa possibilidade. Acredito que o grupo político do qual eu faço parte, capitaneado pela ex-prefeita Fafá Rosado e pelo deputado Leonardo Nogueira (DEM), deverá pensar em se reagrupar numa só legenda, porque da forma como está não é adequado para um projeto político de longo prazo. Evidentemente, essa mudança só poderá ser feita após as eleições deste ano.

Mas, porque o grupo que o senhor faz parte se dividiu em legendas diferentes?
Isso não ocorreu intencionalmente, pode ter certeza. Por exemplo: eu estava no Partido Verde antes de me associar ao projeto político de Fafá Rosado, ou seja, essa divisão não veio depois, ela já existia, embora hoje seja convergente para um único projeto político.

Vamos falar de forma prática. O partido do prefeito Silveira Júnior tem um candidato a governador, Robinson Faria (PSD). O partido de Fafá Rosado, também tem candidato a governador, Henrique Alves (PMDB). O partido do deputado Leonardo Nogueira, o DEM, ainda não sabe qual rumo seguir. Diante dessa divisão, qual será o caminho eleitoral do seu grupo?
Nosso grupo ainda não se definiu. Vamos aguardar o pronunciamento de Fafá e Leonardo. Creio que eles vão tomar uma decisão estratégica. Agora, penso que a primeira opção é o PMDB onde Fafá está matriculada, mas essa decisão ainda não foi tomada. É preciso ter conversas em busca de um entendimento entre o PMDB e Fafá, coisa que não ocorreu até aqui. Agora, eu sou de outro partido, respondo pelo PV, e o PV vai aguardar os acontecimentos.

O PMDB do governadorável Henrique Alves tem o apoio do deputada federal Sandra Rosado (PSB), que é adversária política de Fafá. Há possibilidade de as duas dividirem palanque em Mossoró?
Não. Não acredito que isso venha acontecer no espaço de tempo curto, por tudo que a cidade de Mossoró sabe e conhece. Mas, veja bem, essa é a minha opinião, não estou falando como porta voz do meu grupo político. Mas acho que isso não é possível. Não se trata de questões pessoais ou de achar que A é melhor do que B, apenas por entender que a história política recente impeça que Mossoró aceite de maneira tão abrupta a união desses dois grupos. Talvez isso possa acontecer no futuro, mas agora não.

Essa diferença política entre Fafá e Sandra Rosado pode impedir o apoio do seu grupo à candidatura de Henrique Alves?
Respeitamos a tendência de apoio ao PMDB pelo fato de Fafá ser matriculada no partido. No caso do DEM, de Leonardo Nogueira, o partido caminha para não ter candidato, visto que está negando esse direito à governadora Rosalba Ciarlini. Aliás, uma injustiça. O Estado, de maneira geral, está sendo injusto com a governadora. Não podemos descarta, porém, a possibilidade de apoiar a candidatura de Robinson Faria, que é apoiado pelo prefeito Silveira Júnior. Penso que se os outros caminhos não se viabilizarem, faremos essa opção. É uma possibilidade que não pode, nem deve ser descartada.

No período de turbulência político-administrativo experimentado por Mossoró, o seu grupo trocou de companheiros e se manteve no poder. Saiu da prefeita cassada Cláudia Regina (DEM) para ajudar a eleger o adversário Silveira Júnior. E agora, ganhou a presidência da Câmara Municipal. Qual é o próximo passo do projeto político?
A nossa principal meta, agora, é renovar o mandato do deputado estadual Leonardo Nogueira. O projeto da ex-prefeita Fafá Rosado de se eleger deputada federal é o outro caminho que nós vislumbramos e achamos perfeitamente possível. Agora, sabemos que depende de muitos fatores e conjunturas. Vamos aguardar os acontecimentos e analisar se é possível materializar essas duas possibilidades.

Em termos de município, de projeto local, qual a posição do seu grupo daqui pra frente?
Vamos apoiar, como de fato já apoiamos, a administração do prefeito Silveira Júnior. Participamos da campanha vitoriosa, contribuímos para a eleição dele, não tenha dúvida que Fafá Rosado foi a maior expressão política local a apoiá-lo, então, vamos contribuir para que ele faça uma boa gestão e que ele possa continuar renovando o seu mandato em 2016.

Mas o prefeito já está na reeleição…
Foi uma decisão da justiça de primeira instância.
Foi confirmada pela segunda, presidente…
Ainda tem a terceira (risos).

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