MOSSORÓ

Se a concessão do título de cidadã mossoroense à presidente da Petrobras, Graça Foster, causou estranheza numa hora em que a estatal trata com descaso a cidade de Mossoró, mais estranho, ainda, foi a confirmação da vinda dela para a sessão solene de entrega das honrarias, nesta segunda-feira, 25.

O cerimonial da Câmara Municipal chegou a ser preparado tendo Foster como oradora em nome dos homenageados. Foram anunciadas como certas, as presenças do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, e do ministro Garibaldi Filho. Tudo como manda o figurino: homenageada ilustre presente e aliados do propositor, prestigiando a nova cidadã mossoroense.

Tudo não passou da vontade do autor do título, Claudionor dos Santos. Só ele sabia. Foi ele quem confirmou pessoalmente ao cerimonial da Casa que chegou a oficializar a vinda da Presidente da Petrobras à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

A prefeita, a governadora e a gerência da Petrobras desconheciam que a Presidente estaria em solo potiguar. Mas, Claudionor acreditava! Do gabinete do vereador saiu informação de que ela chegaria mais cedo para o almoço, retribuindo a deferência. Faltando exatos 8 minutos para a sessão começar, eis que Claudionor se convenceu que sua homenageada não viria.

Assim, como a Petrobras, a presidente ignorou a importância de Mossoró. Não veio, não mandou representante e nem ao menos se deu ao trabalho de um telegrama, e-mail, whatsApp…

Foster esnobou a cidadania ofertada pela Câmara. Uma azáfama legislativa.

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