Abril deverá ser o mês mais chuvoso do ano, diz meteorologista
O mês de abril deverá ser o mais chuvoso do ano em Mossoró. É o que apontam as previsões meteorológicas para a região. Conforme o meteorologista José Espínola, o volume de chuvas previsto para abril deverá ficar na média ou um pouco acima da média para o período. “O volume médio de chuvas para o mês de abril é em torno de 160 milímetros”, revela.O motivo para a perspectiva de boas chuvas para este mês, segundo o especialista, é o enfraquecimento do El Niño no Oceano Pacífico e o aumento das temperaturas do Oceano Atlântico, em especial próximo aos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Os fenômenos aumentam a probabilidade de chuvas para os próximos dias.
O meteorologista revela que a previsão é que as chuvas permaneçam dentro da média até maio. Contudo, ele ressalta que, embora a perspectiva para o volume de chuvas esteja dentro do esperado, as precipitações pluviométricas deverão ser irregulares e mal distribuídas, o que não é um bom indício para o setor da agricultura.
Já com relação ao volume dos reservatórios de água no estado, o prognóstico de chuvas anima, mas ainda não é o suficiente para reverter o quadro de dificuldades causado por cinco anos de seca. Espínola revela que o volume de chuvas previsto para cair nos próximos dois meses, dependendo da forma como for distribuído, será suficiente para aumentar em torno de 30 a 40 por cento o volume dos reservatórios de água do Rio Grande do Norte.
“As chuvas previstas para estes dois meses serão suficientes para sangrar os reservatórios. Para chegarmos à capacidade de 100% no volume dos reservatórios do estado, seriam necessários de 3 a 4 anos de chuvas regulares na região”, revela.
De acordo com José Espínola, até o momento, o volume de chuvas para o período chuvoso está abaixo da média. Ele explica que o período chuvoso na região é de fevereiro a maio, com concentração maior de chuvas nos dois últimos meses do período. Até o momento, segundo ele, choveu 220 milímetros, quando a média é de 360 milímetros.
Em janeiro, as chuvas ficaram acima de média, com um volume acumulado de 130 milímetros de chuvas. Porém, em fevereiro choveu 28 milímetros e em março caiu um volume de chuvas de 62 milímetros, valores bem abaixo da média para os meses, que são de 100 mm a 160 mm, respectivamente.
As chuvas registradas até o momento no Rio Grande do Norte são causadas pela atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema indutor de precipitações durante a quadra chuvosa no norte do Nordeste. No entanto, as recentes precipitações não modificam as expectativas de acúmulos abaixo da média. Mais de 100 municípios potiguares estão com um quadro climatológico seco ou muito seco.