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Prefeitura tem dívida de R$ 2,1 milhões com Apamim e compromete também a obstetrícia

Blog do César Santos
Casa de Saude Dix-sept Rosado
A dívida da Prefeitura de Mossoró com os prestadores de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) atinge também a Casa de Saúde Dix-sept Rosado/Maternidade Almeida Castro, do complexo Apamim. Uma conta atrasada de R$ 2,1 milhões está comprometendo o atendimento à população.
O problema é o mesmo que atinge o Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) e o Hospital Wilson Rosado. A Prefeitura recebe o dinheiro do SUS e não repassa aos hospitais. Por gravidade, provoca enormes dificuldades, obrigando as instituições privadas a suspender o atendimento.
O COHM paralisou hoje (8) os serviços do pronto-socorro. O Wilson Rosado suspende várias atendimentos amanhã (9). Veja AQUI.
Como a dívida comprometendo o funcionamento do Complexo Apamim, atrasando salários dos profissionais e contas a prestadores de serviços, as atividades nesta terça-feira estão sendo realizadas parcialmente.
A Junta Governativa decidiu parar as cirurgias eletivas e deslocar os anestesistas para o Centro Cirúrgico. Já os casos de alto risco, a Apamim está transferindo para o Hospital da Mulher, que está superlotado e não tem como receber novos pacientes para parto.
O problema se agravou ainda mais depois da terceirizada Neo Clínica SS ter suspendido a prestação de serviço devido a Prefeitura não pagar a conta desde outubro de 2015.
Nota da NEO Cl?nica
Em nota, assinada pelo diretor administrativo financeiro, Bruno de Morais Cunha, a Neo Clínica reclama que a Prefeitura não cumpriu sequer a proposta de renegociação da dívida, por isso, não teria como prosseguir com a prestação de serviço.
silveira j?nior prefeito
Prefeito Silveira prometeu pagar a conta, mas não cumpriu
JUSTIÇA
Impaciente com a falta de compromisso do prefeito Silveira Júnior (PSD), que promete e não cumpre, os prestadores de serviço vão cobrar a conta na Justiça.
A direção do Hospital Wilson Rosado informou ao Blog do César Santos que vai denunciar o caso ao Ministério Público Federal (MPF) e pedir investigação. Desconfia-se que a verba carimbada do SUS está sendo usada para outros fins, o que se configura em crime de improbidade administrativa, previsto em lei.
A Junta Governativa da Apamim vai entrar com pedido de bloqueio judicial, única forma encontrada para a prefeitura cumprir o seu dever.

CAOS
Além dos problemas hospitalares, provocados por dívidas acumuladas, a saúde pública de Mossoró também sofre no atendimento básico. Todas as Unidades Básicas (UBS) estão com atendimento comprometido, devido a falta de médicos, medicamentos e material básico. Até algodão estava em falta no início da semana.
As Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) também vivem o caos. No final da manhã desta terça-feira, segundo moradores do bairro Belo Horizonte (zona sul), apenas um médico estava atendendo na UPA do bairro, diante de uma fila enorme de pacientes.

Alimentação não está sendo servida


O Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde Pública (Sindsaúde), regional de Mossoró, informa que desde a última segunda-feira, 7, a alimentação para servidores do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) estão suspensas.
Segundo o diretor-geral do órgão, João Morais, o corte é devido ao término do contrato no fornecimento da alimentação e o atraso por parte da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) nos trâmites da nova licitação. Tal medida acarretaria somente ao hospital a fornecer a alimentação às pacientes internas e acompanhantes.
“Isso é um absurdo. Os servidores não se prepararam para essa medida. Não ter direito a alimentação é um desrespeito com o trabalhador. Como eles vão se ausentar para realizar sua refeição fora da unidade e se o hospital tiver uma emergência e ele fora. Isso é errado. Seja qual for o motivo o hospital tem que resolver essa situação”, disse João Morais.
Ainda de acordo com o dirigente, o problema também ocorreu no Hospital da Mulher na última segunda, sendo que nesta terça normalizou-se. “Houve também esse problema no Hospital da Mulher ontem (segunda). Mas hoje (terça) já recebi informações de que a refeição para os servidores de lá seria servida com o cardápio de feijão, arroz, macarrão, farofa e ovos, durante o dia. Já na parte da noite seria servido arroz e soja”.
À reportagem, a assessoria de comunicação do HRTM informou que o número alto de atestados médicos dos servidores na Copa nos últimos dias tem provocado essa medida e por isso o hospital adotou essa medida. Disse ainda que a medida deverá durar até que os servidores retornem ao trabalho.
Sobre o contrato suspenso, a assessoria foi taxativa ao desmentir o Sindsaúde. “Os terceirizados estão trabalhando normalmente. Isso de contrato suspenso é mentira”.
LEIA COBERTURA COMPLETA DA CRISE NA SAÚDE NA EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL DE FATO DESTA QUARTA-FEIRA (9)

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