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A espera de décadas continua e cada vez mais tortuosa para os usuários

Usuários dos ônibus tiveram que buscar meios alternativos para se deslocarem aos seus destinosUsuários dos ônibus tiveram que buscar meios alternativos para se deslocarem aos seus destinosO novo sistema de transporte público de Mossoró, apresentado com todas as honrarias pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) e que teve direito a uma grande estrutura de marketing para divulgação, deu mais uma prova de sua ineficiência. Na manhã de ontem, todos os motoristas de coletivo da cidade paralisaram suas atividades por falta de pagamento, agravando a situação da mobilidade urbana no município.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Mossoró (Sintrom), Francisco de Assis, os motoristas, que deveriam receber quinzenalmente não recebiam há 45 dias.
“Estamos há três quinzenas sem receber, e o que está acontecendo não é uma greve, mas sim a espera pelos salários atrasados. A empresa diz que vai pagar na próxima segunda-feira, então ficaremos parados esperando até a próxima segunda-feira. Ou eles pagam o que devem aos motoristas ou terão de arrumar outros motoristas”, disse Francisco de Assis.
A empresa Ocimar, que tem administrado os ônibus da cidade, ainda é acusada pelo sindicato de cometer assédio moral contra os funcionários e por promover um rodízio de demissões sem assinatura de carteira dos motoristas. Francisco de Assis explica que em um mês foram mais de 20 demissões no grupo.
“Quem está em greve contra o município de Mossoró é a empresa de ônibus, que esta semana retirou cinco veículos de circulação e vai tirar mais, demitindo motoristas. A PMM não realiza a fiscalização no centro, os clandestinos continuam a atuar livremente, a passagem é alta, os ônibus não têm qualidade, como a cidade vai ter passageiros? A espera de décadas permanece”, afirmou o sindicalista.
Nas redes sociais, as críticas à PMM e ao sistema de transporte público ‘viralizaram’. Muitos estudantes e trabalhadores compartilharam críticas aos novos ônibus e a propaganda, considerada enganosa, divulgada pelo poder público.
“Os ônibus não vieram como prometido. Eu, que uso o transporte público há 14 anos, faria rotas melhores e mais eficientes. A população sequer foi escutada”, declara o estudante César Costa.
“Sério mesmo, eu não quero ônibus bonito, novinho e com ar-condicionado. Eu quero ônibus com acessibilidade, linhas eficientes, tarifa condizente com o serviço prestado, meia-passagem garantida, integração e/ou linhas que liguem os bairros periféricos às universidades”, afirmou a estudante Ravena Catarina em sua rede social.
Em nota, PMM afirma que responsabilidade pela paralisação não é sua
Através de uma nota, a PMM afirmou que a responsabilidade pelo impasse formado entre motoristas e a empresa de ônibus, que paralisou totalmente a circulação de coletivos na cidade, não é sua. Veja a Nota na íntegra:
“A Prefeitura de Mossoró esclarece que o transporte coletivo municipal é uma concessão pública e está funcionando em caráter emergencial. O período de contrato da Prefeitura com a empresa BR Buss é de 180 dias.
Paralelamente, o Município já realiza processo licitatório a fim de regularizar definitivamente o transporte público na cidade. A prefeitura, assim como a população, foi pega de surpresa pela não-circulação dos ônibus e, devido ao não cumprimento pela empresa do estabelecido em contrato, a BR Buss será notificada.
No que diz respeito às responsabilidades da Prefeitura, todos os esforços estão sendo feitos para regularizar a mobilidade urbana no Município. Informamos ainda que o contrato emergencial entre Prefeitura e BR Buss não estabelece nenhum acordo para que a Prefeitura repasse algum subsídio à empresa.”
http://omossoroense.uol.com.br/

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