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Postes estão sendo instalados no canteiro central da Av. Abel Coelho

Moradores da Avenida Abel Coelho no bairro Abolição III (zona oeste), há algumas semanas, observam que o cenário local está sendo modificado.
Uma rede de alta tensão está sendo instalada no subsolo e os postes fincados no canteiro central do conjunto. A rede segue para Baraúna.
Foto: Marcos Garcia
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Francisco Moisés, mais conhecido como “Chicão”, mora no bairro desde a inauguração e diz que não recebeu notificação alguma sobre a instalação dos postes. “Moro aqui desde a inauguração do bairro. De umas semanas para cá, começaram a cavar os buracos e colocar os postes e não recebemos nenhum aviso sobre a obra. Essa é uma rede de alta tensão e em caso de acidente pode fazer um estrago muito grande com os moradores”, disse Chicão.
No entanto, José Alves, morador da Avenida Abel Coelho desde 1983, informou que não vê esse perigo todo. “A população fala muito sem saber; vão muito pelo que os outros comentam. Não acho que essa rede ofereça tantos perigos como as pessoas estão falando. Não sou a favor nem sou contra, mas acredito que as pessoas deveriam se informar melhor antes de falar”, disse José Alves.
Foto: Marcos Garcia
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A pedido do JORNAL DE FATO, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN), por meio de Karine Severo T. Gadelha Lima, gerente do Departamento de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade, esclarece que “a instalação dos postes mencionados segue os padrões estabelecidos pelas normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), obedecendo os limites de segurança, conforme as diretrizes da NBR 5422, e de acessibilidade, conforme a NBR 9050. Informa ainda que a obra em questão refere-se à construção da linha de distribuição em 69kV e será necessária a expansão e modernização do sistema elétrico que atende a região.”
A NBR 5.422 de fevereiro de 1985 trata de projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica e tem como um dos objetivos fixar as condições básicas para as linhas aéreas de transmissão de energia. Já a NBR 9.050 de junho de 2004 trata de acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, tendo como uns dos objetivos “estabelecer critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade; visa proporcionar a maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos.”
Vale ressaltar que o excesso de ondas eletromagnéticas emitidas por equipamentos elétricos e eletrônicos produz um tipo de poluição imperceptível capaz de influenciar o comportamento celular do organismo humano, danificar aparelhos elétricos e até desorientar o voo de algumas aves. Ninguém pode vê-la, mas a poluição eletromagnética está espalhada por toda a parte. Redes de transmissão de energia, torres de alta tensão, antenas de televisão, de rádio e de telefonia celular, computadores, televisores, micro-ondas e aparelhos celulares expandiram os campos eletromagnéticos que podem vencer diversos obstáculos físicos, como gases, atmosfera, água e paredes.
O oncologista Thiago Rêgo informa que algumas redes de energia elétrica podem afetar a saúde humana e indica como referência um estudo realizado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), que divulgou a portaria interministerial TEM/MS/MPS n.º 9, de 7 de outubro de 2014, divulgando uma lista nacional de agentes cancerígenos para humanos. “Para falarmos de componentes que podem causar câncer, devemos consultar a lista dos agentes cancerígenos para humanos que foi divulgada pelo Inca, mas a exposição a alguns tipos de alta frequência de energia pode sim causar doenças”, disse o oncologista.

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