Moradores do bairro Costa e Silva interditam a BR-110 pela terceira vez devido à insegurança
- Publicado em 16 de Julho de 2015
- : por Redação

"Desde o ano passado que pedimos ao Dnit para tomar providências com relação à segurança deste trecho. Depois que a pista foi recapeada e a lombada que havia aqui foi retirada, os carros têm passado em velocidade muito alta e não respeitam a passagem de pedestres na faixa, o que aumenta o risco de atropelamentos", disse o morador João Marciano Lopes.
Além da BR, os manifestantes fecharam ainda algumas ruas paralelas com paus, pedras, pneus e colchões queimados e usados na via principal e em uma delas para impedir que os veículos furassem o bloqueio. Devido ao protesto, a rota dos ônibus que fazem a linha Vingt-Rosado foi alterada e deixou de passar pelo bairro durante parte da manhã de ontem.
Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros de Mossoró (CBM) estiveram no local do protesto. Entretanto, a pista foi liberada quando o presidente do Conselho Comunitário do bairro Costa e Silva, Josivaldo Tertulino, conseguiu se reunir com representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
O órgão informou que iria transmitir a pauta de reivindicações dos moradores para a superintendência em Natal. Os representantes do Departamento devem enviar resposta avaliando o pedido de colocação de lombadas eletrônicas na pista até amanhã.
No mês de novembro do ano passado, moradores fizeram dois protestos reivindicando a instalação das lombadas eletrônicas e o conserto do acostamento da BR-110. Em resposta, o Dnit informou que a implantação dos equipamentos eletrônicos, como o radar, seria feito até o dia 31 de dezembro do ano passado, o que não foi cumprido.
Falta de passarelas de pedestres também preocupa moradores
Outro problema ressaltado pelos manifestantes é a falta de passarelas de pedestres em Mossoró. No bairro Costa e Silva, diariamente, pessoas se arriscam atravessando a BR-110, que divide a região onde há escolas, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Unidade de Educação Infantil (UEI) e ainda a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).
"Moro perto da Uern e decidi ir de bicicleta à Universidade. Tenho amigos que vão a pé e todos enfrentamos problemas para atravessar a BR-110 para chegar à aula, pois o horário da manhã, tanto na entrada quanto saída das aulas, é de trânsito intenso. Com certeza seria bem mais seguro para nós se houvesse uma passarela elevada aqui", conta o estudante Carlos Davi Nascimento.
De acordo com a assessoria de comunicação do Dnit, há previsão para implantação de 10 passarelas de pedestres na cidade. No entanto, todas devem ser erguidas no entorno do Complexo Viário da Abolição. A assessoria do órgão informou ainda que a construção das passagens elevadas faz parte do projeto de adequação da capacidade de tráfego e eliminação de pontos críticos nas obras do complexo, atualmente em elaboração na sede do Dnit em Brasília (DF).