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Em greve, servidores municipais querem negociar diretamente com o prefeito

Os trabalhadores da Saúde, Assistência Social e outros profissionais de diversas categorias estão com as atividades paralisadas desde o dia 1º deste mês. Atendimentos nas UPA’s e UBS’s estão comprometidos.
Reunião foi realizada na Secretaria de Administração – Foto Wilson Moreno
Reunião foi realizada na Secretaria de Administração – Foto Wilson Moreno
Servidores municipais em greve e representantes da Prefeitura se reuniram ontem, 9, na Secretaria de Administração para tratar da pauta de reinvindicações da categoria. No entanto, antes mesmo da reunião o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) já estava insatisfeito porque queria uma reunião com o prefeito e não com os secretários. A paralisação completa hoje dez dias.
“Nós achamos que a reunião fosse ser no gabinete do prefeito, mas só agora soubemos que é na Administração. Só esse ato significa que nós vamos sentar apenas com os secretários. Não adianta. Não podem negociar. Tem que ser com o prefeito. Mas nós vamos porque se não formos vão dizer que a gente não está querendo negociar”, afirma a presidente do Sindicato, Marleide Cunha.
Os servidores municipais da Saúde, Assistência Social e outros profissionais eletivos de categorias diversas estão em greve desde o dia 1º deste mês. A Saúde é a área mais afetada, pois a paralisação tem refletido nos atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s).
Assistentes sociais também devem intensificar o movimento nos próximos dias. Um dos assistentes em greve, Iago Fernandes, fala que “estamos indo às instituições para sensibilizar os demais a também aderir ao movimento”.
Os servidores da Assistência Social divulgaram ontem uma carta aberta onde mostram os motivos da paralisação.
“Exigimos um reajuste salarial de 13% e a Prefeitura nos apresentou uma contraproposta de 4,04%, dividido em duas vezes, o que significa um aumento de aproximadamente R$ 18,00 no nosso penoso salário que devido à alta inflação acaba por defasar ainda mais nosso rendimento”, diz o documento.
Além do reajuste, assistentes sociais destacam na carta as dificuldades de realizarem seus trabalhos no dia a dia. “Podemos citar a péssima estrutura das instituições, com infiltrações, portas quebradas, falta de acessibilidade para pessoas com deficiência e idosos, rachaduras, goteiras, enfim, nossas instituições estão sucateadas”. E continuam afirmando que em alguns locais faltam materiais de trabalho como folhas de ofício, computador, telefone, internet, material de limpeza, alimentos, transportes e segurança, entre outros pontos.
A categoria sofre ainda com a falta de profissionais. “É perceptível a falta de profissionais concursados de nível superior para compor as equipes, como, por exemplo, assistentes sociais, psicólogos (as), e técnicos de nível superior, o que prejudica enormemente a qualidade dos serviços prestados à população”.
O secretário de Planejamento, Josivan Barbosa, que faz parte da comissão de negociação, fala que na reunião de ontem foi apresentada a proposta da criação de um critério para o aumento de salários. Esse critério teria como base o aumento da Receita do município. “Apresentamos a contraproposta do aumento ser baseado em um critério, o aumento da Receita”, afirma.
Ainda de acordo com o secretário, o aumento da Receita foi de 6,3% de 2013 para 2014. “Assim a categoria passaria a saber, com o aumento da receita, quanto ia ter de aumento salarial”, explica.
A comissão de negociação do município é formada ainda por Glaudionora Silveira, chefe de Gabinete; Sirleyde Dias de Almeida, secretária de Administração; e Fábio Lúcio, controlador-geral do município, que também participaram da reunião.
Hoje o Sindiserpum realiza mais uma assembleia com os servidores para avaliar o movimento grevista. Será às 8h, na sede do Sindicato.

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