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Promessa do presidente da Petrobras para o RN não deve ser acreditada

Por César Santos
A Petrobras vai extinguir áreas de produção, reduzir gastos e engavetar projetos que estavam previstos para os próximos anos, como as refinarias de petróleo do Ceará e Maranhão, anunciadas ainda na gestão do ex-presidente Lula (PT).
O aperto, acompanhado da reorganização administrativa, é a única saída para tirar a estatal do buraco no qual foi colocada pela quadrilha desbaratada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal na Operação Lava Jato, formada por diretores, políticos, doleiros, lobistas e outros elementos não menos perigosos.
Daí, a preocupação: o Rio Grande do Norte sofrerá com a limitação de investimentos?
O presidente da empresa, Aldemir Bendine, garante que não. Em audiência no Senado, atendendo convocação das comissões de Serviço de Infraestrutura (CI) e de Assuntos Econômicos (CAE) e provocado pelo senador Garibaldi Filho (PMDB) sobre a situação do Rio Grande do Norte, Bendine assegurou que serão preservadas a exploração de petróleo nos campos maduros do Estado, a Refinaria Clara Camarão e a Termelétrica Jesus Soares Pereira.
Também garantiu que o Progás será mantido no Estado, embora essa garantia não tenha – ainda – sinais concretos de que será respeitada. As promessas de Bendine são um alívio.
Mas, a revitalização da atividade petrolífera potiguar, prometida ainda na gestão da presidente Graça Foster?
Bendine se calou.
O fato é que muito antes de estourar o escândalo de corrupção na estatal, o Rio Grande do Norte já sofria com a revoada da empresa, inclusive, o quadro preocupante foi debatido em audiência de Foster com a classe política potiguar, oportunidade em que as promessas foram renovadas, porém não cumpridas até aqui.
Aquela audiência ocorrida no primeiro semestre de 2013 serviu apenas para propaganda, com os políticos presentes distribuindo fotos nas redações de jornais, vendendo ilusões.
A atividade petrolífera recuou em solo potiguar, afetando sobremaneira a economia da região produtora liderada por Mossoró. Empresas subsidiárias fecharam as suas portas, outras migraram para regiões distantes, deixando para trás o desemprego de milhares de profissionais e a conta negativa na economia que muito dificilmente será saldada nos anos próximos.
A verdade é que a crise na Petrobras sequencia o desmonte da empresa no Rio Grande do Norte e não há qualquer razão para esperar que a estatal volte a investir no solo potiguar.
O Estado precisa se preparar para o pior, apostando em outras alternativas econômicas para assegurar o emprego e a vida de milhares de cidadãos.

Leia os bastidores da política no Blog do César Santos

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