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Trabalhadores estenderam faixas na fachada do Fórum Desembargador Silveira MartinsServidores do Poder Judiciário do Estado, em greve desde o dia 17 de março, realizaram ontem protesto em frente ao Fórum Desembargador Silveira Martins. Com faixas e um carro de som, os trabalhadores realizaram concentração em frente ao prédio, onde reafirmaram a continuidade da greve contra as perdas salariais decorrentes das medidas de corte implementadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN) este ano.
"Reivindicamos a nossa data-base, porque somos o único Estado do Brasil em que os servidores do Poder Judiciário não a possuem. Estamos lutando pelo respeito aos direitos trabalhistas conquistados pela categoria, através de decisões judiciais, como a progressão salarial", disse a diretora do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Norte (Sisjern), Graça Alencar.
Outra reivindicação dos servidores é ainda a realização de audiência com o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN), Cláudio Santos, que implementou a política de cortes no Poder Judiciário do Estado. A categoria reclama da falta de diálogo com o presidente do TJ/RN e questiona medidas como o aumento no salário dos juízes.
"As medidas de corte atingiram somente os servidores concursados. Se, por um lado, o TJ/RN exonerou 157 cargos comissionados, mais 150 foram nomeados. Foi concedido ainda um aumento de 14,6% no salário dos juízes, enquanto a progressão de correção inflacionária sobre o salário dos servidores, um direito previsto em lei, foi negado", explica Graça Alencar.

No dia 16 deste mês, o desembargador Glauber Rêgo expediu liminar declarando a ilegalidade do movimento grevista, e decretou multa diária de R$ 10 mil ao Sisjern por dia de atraso no retorno dos profissionais ao trabalho. O desembargador autorizou ainda o corte de ponto. No entanto, os trabalhadores afirmam que a greve seguirá por tempo indeterminado, mesmo com as medidas de repressão.
Na semana passada, o desembargador Glauber Rêgo decidiu suspender o corte do ponto dos servidores grevistas por causa do descumprimento da determinação judicial de que os funcionários retomassem os trabalhos.
Procurado pela equipe de reportagem do jornal O Mossoroense, o presidente do TJ/RN não pôde atender porque estava em uma reunião. Em novo contato, a equipe foi informada, através do setor de comunicação do órgão, que o presidente preferia não se pronunciar sobre a greve dos servidores.