Preço do pão deve subir até 20%
- Publicado em 25 de Março de 2015
- : por Redação

E não apenas o pãozinho, mas todos os derivados de farinha de trigo, como biscoitos, bolachas e massas em geral terão o preço reajustado. O motivo é a alta do dólar, que já subiu 24% este ano. A valorização da moeda norte-americana reflete diretamente no valor do trigo adquirido no país.
Isso porque o Brasil produz apenas metade do trigo usado para produzir pães, massas e biscoitos consumidos pelos brasileiros. O restante é importado e, portanto, diretamente afetado pela valorização do dólar.
Eriosmar Torres explica que, além do valor do dólar, questões como o aumento da tarifa de energia elétrica, o preço da mão de obra, e o reajuste da gasolina e de vários outros itens também influenciam no preço final do produto.
"Por isso, não dá para estimar um valor fixo no aumento, pois esse reajuste varia de acordo com o estabelecimento comercial. Cada panificadora tem custos diferentes relacionados à qualidade do atendimento, pessoal, serviços e estrutura", diz. E complementa: "Hoje temos vários serviços de panificadoras, desde as mais simples até as mais sofisticadas, com serviços de lanchonete ou self-service. Então, os valores que serão repassados aos consumidores são diferentes", informa Torres.
O presidente do Sindipam informa que atualmente o preço médio do pão está entre R$ 7,49 e R$ 9,49 o quilo, dependendo do estabelecimento comercial. Por enquanto, os moinhos que fornecem a farinha para a indústria ainda não repassaram o aumento, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Ele destaca que não é possível precisar quanto nem quando o reajuste será repassado ao consumidor. "Em algumas padarias, os preços ainda não subiram, mas o reajuste deverá ser feito após acabarem os estoques da farinha que foi comprada antes do aumento do dólar", afirma Eriosmar Torres.
Empresários temem enfraquecimento nas vendas com o aumento do preço do pão
Os constantes reajustes no preço do pão podem ter efeitos insatisfatórios no setor da panificação. Os empresários temem que o aumento tenha um impacto negativo nas vendas do produto.
Apesar de as panificadoras investirem em lanchonetes, produtos alternativos como lanches, shakes e cafés, o pão, o francês em especial, continua sendo o carro-chefe das vendas. "Tememos que devido ao crescente aumento no preço do pão haja uma redução no consumo", revela o presidente do sindicato.
E a apreensão do sindicalista tem fundamento. Alguns mossoroenses já buscam meios alternativos para o consumo do pãozinho. "Hoje, com R$ 1 você compra três pães francês, dependendo da padaria. O preço do pão é alto e cada vez mais sofre novo reajuste. Por isso, decidi reduzir o consumo. Só como pão umas três vezes por semana. O aumento do preço do pãozinho pode parecer pouco, mas ao final do mês dá um valor significativo", diz a dona de casa Francisca Alves.
O estudante Nivaldo Souza também adotou um "racionamento" ao pãozinho. "Influenciado pelo preço, reduzi o consumo de pão. É bom que assim faço uma dieta dupla, tanto o peso quanto o bolso ficam mais leves", brinca.
Apesar de as panificadoras investirem em lanchonetes, produtos alternativos como lanches, shakes e cafés, o pão, o francês em especial, continua sendo o carro-chefe das vendas. "Tememos que devido ao crescente aumento no preço do pão haja uma redução no consumo", revela o presidente do sindicato.
E a apreensão do sindicalista tem fundamento. Alguns mossoroenses já buscam meios alternativos para o consumo do pãozinho. "Hoje, com R$ 1 você compra três pães francês, dependendo da padaria. O preço do pão é alto e cada vez mais sofre novo reajuste. Por isso, decidi reduzir o consumo. Só como pão umas três vezes por semana. O aumento do preço do pãozinho pode parecer pouco, mas ao final do mês dá um valor significativo", diz a dona de casa Francisca Alves.
O estudante Nivaldo Souza também adotou um "racionamento" ao pãozinho. "Influenciado pelo preço, reduzi o consumo de pão. É bom que assim faço uma dieta dupla, tanto o peso quanto o bolso ficam mais leves", brinca.