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Casas do conjunto Wilson Rosado são demolidas e famílias são acomodadas no Cras

Alguns moradores se anteciparam à demolição para retirar materiais de construção - - CacauAlguns moradores se anteciparam à demolição para retirar materiais de construção - - CacauA sexta-feira 13 será lembrada como um dia de má sorte pelos moradores das 15 casas no conjunto Wilson Rosado impactados pela decisão judicial de demolição por estarem em área de rede elétrica de alta-tensão pertencente à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). Nas primeiras horas do dia, máquinas pesadas, equipes da Polícia Militar (PM) e Guarda Civil Municipal (GCM) ocuparam as ruas de terra batida e sem saneamento, enquanto moradores se desesperavam sem saber para onde ir.
"Às 5h, já estava cheio de policiais nas ruas. Não há necessidade disso, não houve resistência, não somos bandidos e sim famílias que não sabem para onde ir. Moro aqui há 20 anos e agora perdi metade da minha casa, meu marido teve de derrubar, senão a máquina destruiria tudo. Sinto por aqueles que perderam a casa inteira", disse a empregada doméstica Nicássia Nilza da Silva.
A decisão judicial de retirada dos moradores da área foi publicada no dia 12 deste mês. A Chesf pediu a retirada das casas que estivessem distantes menos de 20 metros da fiação central da rede.
Entre os moradores que tiveram toda a casa demolida, está o catador de materiais recicláveis Antônio Francisco de Oliveira, que, na manhã de ontem, foi levado pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Santo Antônio após princípio de enfarto. O coração do homem de 54 anos quase não suportou ver a casa de barro onde morava com filhos, netos e esposa, sob a mira das máquinas de demolição.
"Ele tem problema de pressão alta e, desde ontem, vinha se sentindo mal. Hoje (ontem), depois que os engenheiros mediram nossa casa e disseram que toda ela vai ter de ser demolida, ele não aguentou. Estamos retirando o que podemos, mas não temos para onde ir nem condições de pagar aluguel. Vamos ter de ficar por aqui mesmo", conta Josilene Ferreira, esposa de Antônio Francisco.
Indignados, moradores do conjunto questionaram o grande número de viaturas policiais no local, constrastando com o de ambulâncias para atender à população que, a cada minuto, se angustiava pela perda dos lares. Enquanto dezenas de policiais ocupavam as ruas, apenas uma ambulância estava no local até o catador ter de ser levado à UPA, quando a área ficou sem nenhuma outra equipe de socorristas por cerca de meia hora.
Enquanto esteve no local, a equipe de reportagem do jornal O Mossoroense acompanhou o trabalho de equipes da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) de desligamento da energia das casas, mesmo as que não tiveram de ser totalmente demolidas.
Moradores de outras casas do conjunto e fora da linha de demolição da decisão judicial também estavam no local, a fim de conseguir informações e prestar apoio às famílias afetadas. Os cidadãos reclamam da falta de informação por parte da Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM), Poder Judiciário e demais órgãos sobre a possibilidade de novas demolições e o destino dado às pessoas desabrigadas.
"Vim aqui não só prestar apoio a essas famílias, mas também porque tenho medo que decidam demolir outras casas também. Os engenheiros não mediram a distância da minha casa para a fiação elétrica e a advogada da Chesf falou que vão demolir tudo. Ninguém chega aqui para nos dar esclarecimentos", disse a dona de casa Mônica Katiúscia Martins.
Desabrigados interditam avenida Alberto Maranhão para serem recebidos pelo prefeito
Na quinta-feira, véspera do despejo, foram realizadas três reuniões com os moradores do conjunto Wilson Rosado, sendo que nenhuma contou com a participação do prefeito Francisco José Júnior. Ontem, foi marcada nova reunião entre os moradores e o chefe do Executivo, no Palácio da Resistência.
Inicialmente, a reunião estava marcada para as 11h. No entanto, ao chegarem à sede da Prefeitura, os moradores encontraram os portões fechados com cadeado e equipe de guardas civis na porta do prédio. Após mais de uma hora de espera do lado de fora, os moradores interditaram a avenida Alberto Maranhão, quando, enfim, conseguiram reunir-se com o prefeito.
Após a reunião, a Prefeitura de Mossoró propôs a adoção de medidas paliativas para as famílias desabrigadas. A princípio as famílias desabrigadas serão encaminhadas para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do conjunto Independência. O prefeito assegurou que essas famílias terão prioridade nas casas do conjunto Maria Odete, no Alto da Pelonha, ou no conjunto Jardim das Orquídeas, no próprio conjunto Wilson Rosado. No entanto, o prazo de conclusão para os conjuntos é de cinco meses e 18 meses, respectivamente.


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