Os aprovados no concurso público de agente de endemias realizaram um protesto reivindicando a convocação. Na manhã de ontem, 19, os suplentes montaram, por tempo indeterminado, acampamento em frente ao Palácio da Resistência, sede do governo municipal, como forma de pressionar a administração.

Além de um ‘apitaço’, os manifestantes estenderam faixas no muro frontal do prédio e chamaram a atenção dos transeuntes com um carro de som. O concurso foi realizado em 2011 válido por dois anos e prorrogado por mais dois. O vencimento do certame é em maio.

Os suplentes foram recebidos pelo titular da Secretaria do Gabinete do Prefeito, Sebastião Almeida, mas a reunião não foi proveitosa, segundo Evaldo Pinheiro de Albuquerque, membro da comissão de suplentes. “O secretário disse que iria tentar agendar uma reunião com o prefeito, mas queremos para hoje [ontem]. São três anos e oito meses de espera. Essa situação precisa ser resolvida logo”, defendeu o suplente.”Vamos radicalizar, inclusive até com greve de fome e eu serei o primeiro a aderir”, avisa.

Os aprovados no certame alegam que existe uma demanda que justifica a convocação. Eles se baseiam, inclusive, em um documento emitido pelo Centro de Controle de Zoonoses – órgão municipal – atestando que existe a necessidade de, pelo menos, mais 50 agentes de endemia para atender toda a cidade. O memorando é do dia 17 de dezembro de 2014.

A contratação de 141 agentes de endemias sem concurso público pelo município é outro argumento usado pelos suplentes pela convocação dos aprovados no concurso público.

Emerson Paiva Soares é um dos que reivindicam o ingresso no serviço público municipal. “Trabalho em uma empresa terceirizada no ramo de petróleo, mas quero minha vaga como agente de endemias. Será bem melhor, até pela questão da estabilidade que o serviço público dá”, destaca.