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Preço do material escolar aumenta e já mexe com o orçamento do consumidor

Alguns produtos subiram 8% com relação a 2014

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Carolina Souza
acw.souza@gmail.com
O preço do material escolar está mais caro neste ano. Bem mais caro. É o que avaliam os consumidores que começam a invadir livrarias e papelarias em busca do melhor custo/benefício dos produtos para a volta às aulas dos filhos. Em 2015, o preço dos materiais pode chegar a 8% a mais em relação ao ano passado, segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares.
A alta é justificada pela inflação, alta do dólar e, ainda, pelo aumento do custo da matéria-prima e da mão de obra. O resultado disso é o impacto no orçamento do consumidor, que acaba ultrapassando as expectativas de gastos. Porém, de acordo com Bira Marques, proprietário de uma rede de livraria e papelaria em Natal, o reajuste não foi repassado a muitos produtos.
Cadernos, lápis e canetas, por exemplo, estão com preços antigos. Já as mochilas e livros (didáticos e paradidáticos) sofreram reajuste de preço na comparação com os valores praticados em janeiro de 2014. “O reajuste é variável. É possível encontrar alguns produtos com os mesmos preços do ano passado. Além do mais, as condições de pagamentos favoráveis, podendo parcelar no cartão até 5x sem juros, e as negociações de desconto, podem suavizar o preço final para o consumidor”, revela.
A estudante Jussara Leide, mãe de Laura Azevedo, de seis anos, disse que se impressionou com os preços e adotou uma forma para economizar: “A dica é nunca comprar tudo no mesmo lugar. Essa é a conclusão que eu tirei com a experiência dos últimos anos”, disse.
“Em setembro do ano passado fiz um busca por materiais para eu usar na faculdade e, voltando ao mercado agora, vi que os preços estão bem mais caros, em variados produtos. Isso acaba limitando nosso orçamento e nos impede de fazer um agrado melhor aos filhos, que sempre buscam algum material de marca/personagem específico”, comentou Jussara.
Laura, fã da Peppa Pig, uma personagem de desenho animado, não abre mão de ter caderno, bolsa, estojo e canetas personalizadas com o desenho. “Mas não sei se vai dar para comprar o que ela quer. Ainda pretendo passar em várias lojas. O que eu encontrar mais em barato, compro. Se tudo estiver caro, ela terá que levar outros materiais, infelizmente” destacou a mãe da menina, que espera gastar uma média de R$ 700 reais com todo o material escolar.
Apesar de concordar com a estratégia de economia de Jussara, a técnica de enfermagem Ana Rosa diz que, pela comodidade, prefere fazer as compras do material escolar do filho em um mesmo lugar. “Acho que sai mais caro, mas se eu achar tudo o que preciso em uma mesma loja, compro logo nela”, afirmou.
“Não tenho muito tempo para ir em muitas lojas, comparar e depois voltar. Além do mais, corremos o risco de achar material mais caro do que na primeira loja. Por isso sempre faço assim: se acho tudo no mesmo lugar, compro logo!”, disse Ana, informando que estava gastando R$ 1 mil na loja.
A jovem Mariana Limeira, de 15 anos, vai estudar o 2º ano do Ensino Médio e comentou que entende a necessidade de economizar na compra dos materiais. Só de livros, a mãe de Mariana, dona Andreia Limeira, vai gastar R$ 1.066,00. “Os livros da escola dela são produzidos pela própria rede escolar e vendidos na internet. Já comprei todos. Mas com relação aos outros materiais, como caderno e canetas, temos opções de escolha”, disse a mãe.
Para Mariana, há uma forma dos filhos ajudarem os pais a economizar: “Utilizar o que já temos em casa”. “Caderno é difícil de ser reaproveitado. Mas bolsas, estojos e canetas, por exemplo, podem sim ser reutilizadas. Eu tenho produtos que comprei no ano passado e nem cheguei a usar. Já colocarei no meu material neste ano”, comentou a menina.
Compras e movimento
Os consumidores têm optado pela compra à vista ou parcelada. Segundo Bira Marques, a condição de pagamento varia de acordo com a opção de cada cliente. Quanto ao movimento, ele diz que começou a aumentar na primeira semana de janeiro, mas a procura maior ocorre entre os dias 15 de janeiro e 5 de fevereiro. “Esta é uma realidade de todos os anos. O brasileiro deixa para comprar o material escolar sempre às vésperas do início das aulas”, diz.

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