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Aumento da frota nas ruas faz com que o trânsito se torne cada vez mais lento e perigosoA frota de Mossoró chega a 126.025 veículos, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (Detran/RN), o que corresponde a 12,10% da frota do Estado. Em média, há um veículo para cada duas pessoas (2,2, para ser mais exato) na cidade, índice alto, se comparado à média nacional, que é de um veículo para cada 4,4 habitantes.
Segundo informações disponibilizadas pelo Detran, no último dia do ano passado, a maioria dos registros, 93,96% da frota, é de uso particular, com 118.874 veículos, já os com placa cadastrada como sendo de aluguel são 6.606, o que representa 4,81% do total, seguido dos 429 veículos oficiais, que representam 1,14% do montante do município. A cidade possui somente 116 veículos de aprendizagem, menos de 1% da frota total.
Ao todo, foram registrados no ano passado 49.283 carros, 44.042 motocicletas e 13.483 motonetas no município, somando 106.808 veículos dedicados ao transporte particular de passageiros, número apontado como reflexo da insuficiência e insatisfação da população com o transporte público na cidade.
"Sei que o transporte público é o melhor para a cidade, pois deixa as ruas menos engarrafadas, é mais seguro e ainda polui menos que esse excesso de veículos nas ruas. O problema é que se eu dependesse dos ônibus para me locomover, chegaria atrasado, em horários limitados e ainda não teria como chegar a alguns locais da cidade", disse o estudante Kaio César Silva.
O elevado número de veículos nas ruas faz com que o trânsito se torne cada vez mais lento e perigoso, sobretudo devido à grande quantidade de motocicletas e motonetas, envolvidas em mais de 70% dos acidentes no trânsito, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

No último ano, a frota mossoroense teve um aumento de quase oito mil veículos, uma média de 660 novos veículos a cada mês. O crescimento acelerado no número de carros e motos circulando na cidade, aliado à falta de planejamento no quesito de mobilidade urbana, causa uma série de transtornos no trânsito da cidade.
Os engarrafamentos, típicos de grandes centros urbanos, estão se tornando cada vez mais comuns. Um dos pontos mais críticos é na avenida Leste-Oeste, próximo ao trevo que dá acesso à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). Nos horários de pico, às 7h e às 19h, é preciso ter muita paciência para trafegar pela localidade.
"O único ponto de acesso da Universidade ao Centro é a ponte da Leste-Oeste, que está obsoleta diante da crescente frota. O resultado são longos engarrafamentos e muito estresse para quem precisa trafegar diariamente pela via", diz o vendedor Reginaldo Silva.
No centro da cidade, os engarrafamentos estão cada vez mais comuns. "Aos sábados, a situação é ainda mais crítica. O número de veículos cresce a cada dia, enquanto as ruas do centro da cidade continuam as mesmas de dez, 20 anos atrás. Com isso falta espaço para os carros circularem e sobram transtornos para os motoristas", avalia a estudante Daiane Alves.