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Presas relatam a dor de passar o Natal longe dos filhos

Rosalina Carlos organiza o projeto natalino no CPEAMNRosalina Carlos organiza o projeto natalino no CPEAMNCom a aproximação dos festejos de fim de ano, principalmente o Natal, o espírito de confraternização entre as famílias aumenta, uma vez que os corações se tornam mais sensíveis com as alegrias que essa época representa. No entanto, para quem não pode estar com os familiares durante esse período, a época é de sofrimento e lágrimas, causado pela saudade dos parentes.
É isso que acontece com a maioria das mulheres que estão presas na penitenciária feminina de Mossoró, que funciona no Complexo Penal Estadual Agrícola Mário Negócio (CPEAMN). São dezenas de mulheres mães, que pela primeira vez vão estar longe da família e, principalmente, dos filhos pequenos.
De acordo com Maria de Fátima Anísio dos Santos, 33, natural do município de Touros, presa há cinco meses e aguardando julgamento, acusada de tráfico de drogas, mãe de seis filhos, pela primeira vez vai ficar distante da família no Natal, o que isso representa para ela, "um dos piores momentos" que já viveu. "A saudade é muito grande, o sentimento de tristeza é intenso, que chego a pensar, muitas vezes, que não vou suportar", disse a detenta com lágrimas nos olhos.
A presa explica também que o sentimento de solidão e tristeza é maior ainda, devido, após sua prisão, sua família ter se espalhado e seu marido a abandonado. "Fui presa vendendo drogas no interior do Rio Grande do Norte, escondida de meu marido, para pagar dívida de drogas de um dos meus filhos que é viciado e recluso em uma instituição para menores, na cidade de Pau dos Ferros. Após minha prisão, meu marido pegou os outros filhos e foi embora para João Pessoa-PB e disse que nunca vai me perdoar", ressaltou.
A também detenta Francinilda Azevedo Pascoal da Silva, 44, natural e residente em Mossoró, no bairro Santo Antônio, que cumpre pena por tráfico de drogas, chora copiosamente ao se lembrar dos seis filhos, que pela primeira via estará longe deles no período de Natal e Ano-Novo.
"Infelizmente não podemos apagar o nosso erro, resta agora pagar pelos erros que cometemos e quando um dia sair da cadeia refazer a vida junto com meus filhos, meu maior tesouro. Sei que é muito triste passar esse período de festa longe de casa, mas se Deus quiser terei muitas outras datas dessa para estar com minha família", destacou "Nega", como também é conhecida a presa.
Lucidalva Sales da Silva, 34, natural de Natal, mãe de oito filhos, transferida há oito meses para Mossoró, tendo cumprido pena no Complexo Penal Estadual João Chaves, também conhecido com o "Caldeirão do Diabo", ela não vai receber nenhuma visita dos familiares porque residem distante. "Vai ser o pior de todos os natais que já vivi na cadeia, devido meus filhos morarem longe e não poderem vir me vistar. Para piorar a situação, não consegui me encaixar no indulto de Natal, quando algumas de nós são liberadas para passar as festividades em casa", destacou.
Atualmente a penitenciária feminina abriga mais de 70 presas, entre sentenciadas e provisórias.
Celebração de Natal na Penitenciária Mário Negócio tenta compensar a saudade de casa
Para tentar compensar um pouco a saudade do aconchego da casa e dos familiares, anualmente o Conselho da Comunidade na Execução Penal da Comarca de Mossoró, em parceria com a Pastoral Carcerária, promoveu na última quinta-feira, a sétima edição do projeto "Natal em Família", no CPEAMN, incluindo a penitenciária feminina. A iniciativa consiste na distribuição de kits de material de higiene pessoal para os apenados, além de presentes, brinquedos e lanches coletivos.
"Esse é um momento de humanização da pena, sendo uma das atividades inseridas no nosso plano de ação. Além da distribuição de brindes, lanches, também há o aspecto religioso, já que os apenados participam de culto e missa, oportunidade para refletirem e também se sentirem lembrados", destaca a presidente do Conselho da Comunidade, Rosalina Carlos.
O "Natal em Família" contemplou todos os 550 apenados do Complexo Penal, sendo 484 homens e 66 mulheres, que ainda puderam acompanhar apresentações culturais de artistas como Antônio Francisco, Genildo Costa e do grupo Filosofart, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern).
"A iniciativa faz parte do processo de ressocialização, por isso a importância de desenvolver ações como essa dentro do Complexo", frisa Fábio Sterfson, coordenador de disciplina do CPEAMN.
Para os apenados, o "Natal em Família"é uma oportunidade de refletir e reavaliar suas ações, ao mesmo tempo em que se sentem valorizados. "É algo diferente, pois as pessoas lembram da gente, recebemos presentes, assistimos peças de teatro, eu gosto bastante", afirma a detenta Lucinalva Sales, presa há oito meses pelo crime de tráfico de drogas.
Para tornar possível a realização do projeto, o Conselho da Comunidade conta com o apoio de entidades públicas e privadas, além da colaboração de pessoas físicas. "Recebemos a doação, por exemplo, de 550 toalhas da Facene, também contamos com a ajuda da Acim, CDL, Senai, entre outros, uma parceria que torna possível momentos como esse que estamos vivendo aqui hoje", conclui Rosalina Carlos.

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