Greve dos servidores da saúde já é a mais longa e abrangente do setor no município
- Publicado em 23 de Outubro de 2014
- : por Redação

"Dos servidores que trabalham no programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF) aos plantonistas das unidades 24h, agentes de endemias e fisioterapeutas, essa greve está servindo para mostrar a articulação da categoria, que já vem sofrendo perdas salariais há sete anos", afirmou Marleide Cunha.
A presidente do Sindiserpum afirma que o sindicato enviou ontem à Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) a contraproposta às proposições apresentadas pela administração municipal esta semana. Entre os pontos divergentes nas duas propostas, estão a data de pagamento da insalubridade aos servidores: a PMM sugere que ele seja feito a partir do mês de julho de 2015, mas os servidores querem que a remuneração seja repassada a partir de janeiro do próximo ano.
Hoje, às 9h, no Hotel VillaOeste, os servidores da saúde realizam nova assembleia para analisar o posicionamento da Prefeitura em relação à contraproposta da categoria, caso seja enviada ao sindicato. A presidente do Sindiserpum afirma ainda que os integrantes do movimento grevista conversarão com outros profissionais que ainda não foram contemplados nas proposições feitas pela administração municipal.
"Também conversaremos com profissionais que estão de fora das discussões, como os profissionais que trabalham nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPSs) e os fisioterapeutas. A categoria está firme, e a greve deverá seguir até que as pautas sejam atendidas", disse Marleide Cunha.
Entre as 14 pautas de reivindicação dos servidores da saúde, estão a implantação de novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), a estruturação da carreira na saúde e instituição do piso salarial para Agentes de Combate a Endemias (ACE) e Agentes Comunitário de Saúde (ACS) para 30h.
Paralisação de atividades atrapalha serviços à população
A paralisação dos trabalhadores da saúde tem prejudicado serviços à população, como a aplicação de vacinas, marcação e realização de exames e até mesmo o atendimento médico nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
"Tive que passar por uma verdadeira peregrinação para vacinar e fazer o teste do pezinho na minha filha recém-nascida. Procurei as unidades do bairro Belo Horizonte e Santo Antônio, até que me informaram que só estavam fazendo o procedimento no conjunto Abolição II, muito longe da minha casa, mas fui, pelo bem da minha filha", disse a auxiliar administrativa Laura Nascimento.
Desde maio deste ano, servidores municipais da saúde têm se reunido com uma comissão específica designada para negociar com a categoria. Contudo, as negociações não avançaram e, em setembro, os profissionais deflagraram greve.
"Tive que passar por uma verdadeira peregrinação para vacinar e fazer o teste do pezinho na minha filha recém-nascida. Procurei as unidades do bairro Belo Horizonte e Santo Antônio, até que me informaram que só estavam fazendo o procedimento no conjunto Abolição II, muito longe da minha casa, mas fui, pelo bem da minha filha", disse a auxiliar administrativa Laura Nascimento.
Desde maio deste ano, servidores municipais da saúde têm se reunido com uma comissão específica designada para negociar com a categoria. Contudo, as negociações não avançaram e, em setembro, os profissionais deflagraram greve.