![Francisco Gomes fala sobre situação das comunidades rurais – Foto Wilson Moreno]()
Francisco Gomes fala sobre situação das comunidades rurais – Foto Wilson Moreno
Com mais um ano de seca, as comunidades rurais de Mossoró sofrem para conseguir atender as necessidades básicas dos moradores e também cuidar da plantação e dos animais. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mossoró, Francisco Gomes, o Chico, mais 15 comunidades rurais serão contempladas com poços e dessalinizadores.
Nesta quarta-feira, 8, o Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, formado por representantes do poder público e da sociedade civil, realizaram reunião para discutir sobre os problemas para o homem do campo.
O conselho realiza reunião todas as segundas quartas-feiras de cada mês para discutir as questões relacionadas às comunidades rurais, como Programa Compra Direta, Garantia Safra, compra de ração. Além do sindicato, também faz parte do conselho representantes da Prefeitura Municipal de Mossoró, Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, Incra, Conab, Organizações Não Governamentais e cooperativas. “80% do conselho é de pessoas da área rural”, diz.
A falta de água tem sido o principal problema para os trabalhadores rurais e por causa disso serão cavados poços. “A Prefeitura disponibilizou duas máquinas para cavar poços na região da Maisa, na Agrovila Nova União, Pomar, Paulo Freire. Quase 70% já está perfurado”, fala Chico. Também está sendo continuada a perfuração dos assentamentos Montana e Real. São as localidades com a situação mais crítica.
Mas o sindicato já pensa no próximo ano. Segundo Chico, a previsão continua sendo de seca e por isso é preciso que os trabalhadores se preparem para mais um ano. Na próxima semana o sindicato reunirá os parceiros em uma reunião para fazer o plano de preparação para o próximo ano.
O presidente do sindicato relata que são grandes as dificuldades dos trabalhadores rurais e que os poços perfurados são coletivos e vai atender principalmente as comunidades de difícil acesso. Na Maisa, por exemplo, ele explica que existe um poço profundo, porém a água não é de boa qualidade. Além disso, pertence a um popular.
Famílias do Assentamento Oziel, Pau Branco, São Romão e Olga Benário não têm água para consumo humano, é preciso pegar em poços de comunidades próprias.
Além da água, os produtores rurais também enfrentam a falta de comida para dar aos animais. Há quatro meses não recebem milho e o suporte forrageiro para vacas e ovelhas é pouco. A ajuda chega através Companhia Nacional do Abastecimento (CONAB) que, segundo Chico, “não resolve, mas ameniza”. Ele também ressalta que o diretor do órgão também está preocupado com a licitação, já que pesa o preço do transporte do Rio Grande do Sul para cá.