Marina faz crítica a 'políticas erráticas'
19.09.2014
A pessebista disse ontem que o País precisa voltar a crescer e recuperar a credibilidade

A candidata argumentou que seus adversários estão "apavorados" com a possibilidade de o povo querer mudança
Foto: VAGNER CAMPOS/CAMPANHA DO PSB

A presidente também afirmou que há uma flutuação normal na estagnação da desigualdade
FOTO: ICHIRO GUERRA/PT
"Como se não bastasse o crescimento baixo, a volta da inflação, a elevação dos juros, agora temos o retorno da concentração de renda, que estava fazendo uma inflexão para baixo. É só uma demonstração de que uma coisa está sendo discurso para ganhar eleição e outra coisa é a prática na hora de governar o País, fazendo prioridades erráticas", criticou Marina.
A presidenciável mais uma vez reclamou dos ataques feitos pela presidente desde que a ex-ministra entrou na disputa presidencial. "Políticas erráticas combinadas fazem com que muitos problemas estejam acontecendo. O atraso na política está ameaçando perdermos conquistas que alcançamos", disse.
Para Marina, além de programas de qualificação que melhorem a capacidades dos trabalhadores e assim faça crescer a renda, o País precisa voltar a crescer e recuperar credibilidade.
Marina repetiu ontem uma frase do ex-governador Eduardo Campos, a quem substituiu na disputa presidencial: "Pela primeira vez vai-se entregar o País pior do que foi encontrado".
Velha política
A candidata do PSB classificou a fala do senador José Sarney (PMDB-AP), de "radical" e "raivosa" em Vitória. Ela afirmou que a "velha política" tenta fugir dos problemas ao usar ofensas pessoais. Marina argumentou que seus adversários estão "desesperados", "apavorados", com a possibilidade de o povo brasileiro mostrar que quer mudança.
Mudança na CLT
O economista José Antonio Sant'ana, colaborador da campanha de Marina, afirmou que não está nos planos da candidata mudar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para tirar benefício dos trabalhadores.
Desemprego é pontual, diz Dilma
Brasília. A presidente Dilma Rousseff (PT) minimizou ontem os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados ontem, que mostram que a taxa de desemprego aumentou com o baixo crescimento dos postos de trabalho em 2013.
Para Dilma, o desemprego mostrado na pesquisa é pontual e não está aumentando. A presidente também afirmou que há uma flutuação normal na estagnação da desigualdade. "É o ano da qualidade do trabalho e do aumento da renda média... Óbvio que as taxas de emprego não vão crescer como antes porque não tem nem para onde ir. Tem uma taxa de desemprego bem baixa no Brasil", afirmou a presidente em sua tradicional entrevista coletiva concedida no Palácio da Alvorada, em Brasília.
De acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE, a taxa de desemprego subiu de 6,1% em 2012 (menor marca da série iniciada em 2001) para 6,5%. Trata-se da primeira alta desde 2009. O número de pessoas empregadas cresceu, por sua vez, apenas 0,6% frente a 2012.
Programa de governo
Dilma determinou a inclusão em seu programa de governo temas como combate à corrupção, melhora no atendimento ao cidadão, modernização da máquina e "políticas transversais" nas ações cotidianas.
dn http://diariodonordeste.verdesmares.com.br