Greve dos servidores da saúde prejudica atendimento à população
- Publicado em 18 de Setembro de 2014
- : por Maricélio Almeida

“Tive uma trombose no pé, e o médico receitou a aplicação de 14 doses de penicilina, hoje iria tomar a décima, porém ao chegar à UPA do Santo Antônio disseram que só atenderiam urgências. E como eu fico?”, questiona o senhor Francisco da Silva, que procurrou a redação do jornal O Mossoroense para denunciar a dessasistência.
Ao ter atendimento negado na UPA do Santo Antônio, Francisco da Silva se dirigiu à Unidade de Pronto Atendimento do Belo Horizonte, onde também não recebeu a dose da vacina. “O jeito vai ser eu ir até outra cidade me medicar, pois não posso ficar sem essa vacina”, lamenta.
Grávida de nove meses, a dona de casa Kelly Costa também enfrentou dificuldades ao procurar a UBS do bairro Boa Vista, na manhã de hoje, 18. “Deveria tomar a terceira e última dose de umas das vacinas recomendadas para gestantes, mas no posto estava todo mundo parado, disseram que só estavam lá porque a unidade está sendo pintada, e alguém precisava ficar acompanhando o trabalho”, explica.
Nem mesmo verificar a pressão da gestante foi possível. “É um absurdo. Até onde esse caos na saúde da nossa cidade vai continuar? A prefeitura deveria se preocupar mais com a população.Lamentavelmente, o atual gestor parece ter outras prioridades”, afirma Kelly Costa.
Histórico
A greve dos funcionários da saúde entrou hoje no seu terceiro dia, sem entendimento entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) e o Poder Executivo local.
Na manhã de ontem, 17, um grupo formado por mais de 300 servidores ocupou as ruas da cidade protestando por melhores condições de trabalho e remunerações mais justas.