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RIO GRANDE DO NORTE

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POLITICA...

O difícil momento de escolher um candidato

Através da internet é possível acessar muitas informações neste sentido. São as páginas dos partidos, páginas Oficiais, dos diversos Poderes da República. Há também blogs, os jornais, rádio e TV.
Vanderley Lima, cientista político: ‘Enquanto votarmos por um cargo, por dinheiro, porque o candidato é bonito ou porque ele é simpático, não estaremos contribuindo para qualificar nossos candidatos e a nossa democracia’ – Foto Wilson Moreno
Vanderley Lima, cientista político: ‘Enquanto votarmos por um cargo, por dinheiro, porque o candidato é bonito ou porque ele é simpático, não estaremos contribuindo para qualificar nossos candidatos e a nossa democracia’ – Foto Wilson Moreno
Com a proximidade das eleições, muitos eleitores ficam em dúvidas de como escolher bem seus candidatos.
Para o professor Vanderlei Lima, da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC), a eleição é um dos nossos direitos políticos. “Isto quer dizer que o voto pode ser aprimorado. Quando vamos às urnas, temos a oportunidade de tomar uma decisão sobre a escolha de nossos governantes ou legisladores. Neste sentido, a primeira condição para que possamos ser um eleitor crítico e republicano é procurar entender as responsabilidades atribuídas a quem depositamos o nosso voto, isto é, qual a competência de quem vai ocupar o cargo de presidente da República, governador do Estado, senador, deputado federal e deputado estadual? Todos têm suas funções e responsabilidades. É preciso entendê-las. Com clareza das competências e funções dos mandatários políticos, o passo seguinte é procurar conhecer a história dos candidatos e de seus partidos. É importante também ler o que seus partidos preconizam. Para isso, podemos buscar, na internet, o regimento ou estatuto dos partidos aos quais os candidatos são filiados. Com isso, é possível conhecermos os princípios e ideários partidários. Contudo, isso só não é suficiente, pois, no Brasil, muitos partidos são instrumentalizados como legendas para acomodar um ou outro candidato. Daí a ideia de procurarmos conhecer a história do candidato: a ética, coerência, compromisso, ideias (programa e ideário) e as forças que balizam sua candidatura. Acredito que estes são componentes básicos para assistir o eleitor na hora de votar”, frisa.
Acerca do que o eleitor deve estar atento, com respeito ao perfil dos candidatos, o professor universitário assinala, principalmente, a coerência. “Assinalo, especialmente, coerência, ética e compromisso com as demandas mais importantes da população: saúde, educação, segurança pública e emprego. São conceitos importantes para o desenvolvimento de uma sociedade e o bem-estar social dos cidadãos. Para isso, é importante analisar a história dos candidatos e observar com bastante atenção quais as forças de poder que o candidato represente. Este último, destaco, é fundamental para realizar uma escolha mais responsável com uma sociedade marcada por ideais republicanos”, diz.
Segundo ele, atualmente há diversas formas de se pesquisar a vida e a carreira dos candidatos. “Hoje, nós dispomos de inúmeras fontes de pesquisa da história dos candidatos, de seus partidos, as forças que estão aliadas e suas ideias. Através da internet é possível acessar muitas informações neste sentido. São as páginas dos partidos, páginas Oficiais, dos diversos Poderes da República. Há também blogs, os jornais e a própria propaganda eleitora gratuita no rádio e na TV. É necessário, no entanto, separar o joio do trigo, pois as propagandas, obviamente, tentam destacar aspectos positivos do candidato, o que é preciso que estejamos bem atentos com um olhar crítico, capaz de nos dar uma leitura sóbria dos candidatos, de modo a não sermos enganados pelo que ressaltam os marqueteiros, em seus candidatos, ou, algum cuidado com a tendência de um ou outro meio de comunicação, marcadamente favorável a um ou outro candidato. Daí é preciso certo esforço de leitura crítica para uma escolha que consideremos melhor para toda a sociedade”, salienta.

DIFÍCIL ESCOLHA
Por que, atualmente, tem sido difícil escolher um bom representante político?
Esta tem sido, talvez, uma das questões mais em pauta, seja nas rodas comuns ou mesmo entre especialistas da área de política.
Para Vanderlei Lima, a democracia, por ser um regime difícil, afinal, baseia-se numa ampla diversidade de atores políticos e de interesses, produz essa necessidade natural de dificuldade na escolha de representantes.  “No entanto, o exercício do voto é fundamental para aprimorarmos nossas instituições. Quanto a escolha, é importante que saibamos o peso da nossa responsabilidade quando votamos. Muitas vezes, nosso voto é orientado por interesses particulares, o que contraria uma política republicana e enfraquece a democracia. O resultado de votos que visem ao meu  próprio interesse – privado – e não o da minha sociedade – público, é a criação de mandatário ruins e descompromissados, gerando um círculo vicioso e perigoso de poder”, destaca.
A corrupção, no entanto, também é um fator que gera extrema desconfiança do eleitor atual. “Para um amplo público, as notícias em torno de escândalos e corrupções criam uma ideia de que todos os políticos são corruptos, o que não é bem assim. O jogo político é complexo e impuro. Maquiavel, no século XVI, já nos ensinava o quanto a concorrência pelo poder é complicada, exigindo pragmatismo daqueles que o aspiram. Por outro lado, o pensador florentino no ensinava que o povo também podia ter o poder e isso só seria possível numa república. Quando mais educado é um povo, quanto mais consciência de um voto republicano ele tive, mas o poder lhe pertence. Nesse viés, estarão de fora os candidatos de ficha suja, envolvidos em corrupção que não representem uma política ética e republicana”, explica, destacando que, mesmo em um cenário complexo e difícil, não é sensato deixar de votar. “É preciso lembrar que o meu próprio silêncio é um gesto político. Ninguém se exime da política, para retomar um conceito caro aos povos antigos da Grécia, o de zoom politikon, ou de que somos animais políticos. No mundo político, se eu não participo, o outro toma a decisão por mim. Este é o conceito mais singelo da justificativa do voto válido”.
De acordo com ele, não existe o chamado “candidato ideal”. “O candidato é sempre uma construção e esta é feita junto aos eleitores. Se formos conscientes da responsabilidade do nosso voto, o nosso nível de exigência com relação aos candidatos se elevará consideravelmente. Caso não, seremos responsáveis pela perpetuação de estruturas de poderes que são nocivas à democracia. Mas, só o exercício e a educação política é que podem tornar a nossa sociedade mais democrática, o que aprimorará a qualidade dos nossos candidatos. Enquanto votarmos por um cargo, por dinheiro, porque o candidato é bonito ou porque ele é simpático, não estaremos contribuindo para qualificar nossos candidatos e a nossa democracia”, frisa.

CONJUNTURA DO RN
Na atual conjuntura do Estado do RN, Vanderlei Lima salienta que temos “amplas eleições”. “Escolheremos o (a) presidente (a) da República, o governador do Estado, senador (a) e deputados federais e estaduais. Naturalmente, exigirá de todos nós uma maior atenção, pois em eleições deste porte, a diversidade de candidatos é muito grande. No que se refere aos cenários, podemos realizar uma análise preliminar, especialmente, acerca dos desenhos ou arranjos que estão sendo feitos para as eleições nas esferas da Presidência da República, do Governo do Estado e Senado Federal; no que tange às eleições proporcionais (Parlamento Federal e Estadual) a leitura é sempre difícil, pois a fórmula que contabiliza o voto para a eleição é bastante diferente do voto majoritário. No âmbito da Presidência da República, os candidatos já vêm sendo apresentados há algum tempo, mas o início da propaganda eleitoral gratuita, no rádio e na TV, serão muito importantes para a evolução dos candidatos nas pesquisas e, por conseguinte, no resultado. No Rio Grande do Norte, o deputado federal Henrique Eduardo Alves vem construindo uma importante costura entre diversos partidos, dando-lhe, inicialmente, um favoritismo na campanha diante do seu principal adversário, o vice-governador Robinson Faria. Já para as eleições visando ao Senado Federal, percebo uma acirrada disputa entre a deputada federal Fátima Bezerra e a ex-governadora, Wilma de Faria. Contudo, são observações preliminares, pois campanhas eleitorais são sempre construídas com muitas variáveis que se vão sendo mais bem delineadas no decorrer do processo”, finaliza.

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