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MOSSORÓ

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POLÍTICA...

População vai às urnas hoje escolher quem ficará à frente dos destinos da cidade

Josué Moreira, Larissa Rosado, Cinquentinha, Francisco José Júnior e Gutemberg Dias são os candidatosJosué Moreira, Larissa Rosado, Cinquentinha, Francisco José Júnior e Gutemberg Dias são os candidatosQuase 150 mil eleitores vão às urnas hoje pela segunda vez em pouco mais de um ano e meio para eleger o novo prefeito ou prefeita de Mossoró.
A votação transcorre entre 8h e 17h. Os eleitores devem portar o título de eleitor e um documento oficial com foto.
Na disputa estão cinco candidatos: Francisco José Júnior (PSD), Gutemberg Dias (PC do B), Josué Moreira (PSDC), Cinquentinha (PSOL) e Larissa Rosado (PSB).
Os quatro primeiros tiveram o registro deferido. Já Larissa está na campanha na condição de candidata sub judice.
É que ela teve o registro recebido e indeferido, mas tem o direito de ser candidata até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se manifeste.
Isso não quer dizer que o voto em Larissa seja anulado. Quem digitar o número dela verá sua foto e terá o sufrágio registrado.
O caso é diferente de Cláudia Regina (DEM). Ela não teve o registro recebido por ser considerada a causadora da eleição suplementar. Quem teclar o número do partido dela terá o voto anulado.
A prefeita afastada tentou até o TSE e não conseguiu o registro. Na última quinta-feira, ela anunciou posição de neutralidade. A postura foi repetida pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM).
A campanha
A campanha eleitoral suplementar foi curta. Apenas três semanas para os candidatos apresentarem as propostas. No primeiro dia de mobilizações de rua, os candidatos optaram pelo centro da cidade, mas a maioria das mobilizações foi realizada nas áreas periféricas de Mossoró e zona rural.
O ponto alto das campanhas de Larissa e Francisco José Júnior foram as descidas do Alto de São Manoel. Ele fez a mobilização na quarta-feira e ela na quinta.
Já os demais candidatos preferiram as caminhadas pela cidade.
No domingo passado foi realizado o único debate no rádio e na TV organizado pela TCM e 95 FM. Na oportunidade, os candidatos discutiram as propostas.
Pela primeira vez Mossoró terá uma eleição suplementar
Para que tivéssemos a eleição de hoje foi preciso que a prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, chegasse a 12 cassações.
Em menos de um ano ela se tornou a gestora municipal que acumula o maior número de cassações na história do Rio Grande do Norte.
Foram dez decisões em primeira instância declarando a perda do mandato e mais duas absolvições reformadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ela bateu o recorde do ex-prefeito de Macau, Flávio Veras (a época no PP), que foi cassado quatro vezes entre 2004 e 2006.
A primeira cassação do mandato de Cláudia ocorreu em 1° de março deste ano. O motivo: abuso de poder político. A principal cabo eleitoral da então candidata, a governadora Rosalba Ciarlini passou vários dias em Mossoró anunciando obras como reforma de teatro, do estádio Leonardo Nogueira, da Rodoviária, duplicação de RN 017 que liga Mossoró à cidade de Tibau, etc... A maioria das obras nunca se realizou ou se saiu do papel caminha a passos de tartaruga. Por conta dos excessos a prefeita foi cassada.
Esse primeiro processo teve uma grande polêmica. É que o juiz Herval Sampaio Júnior proferiu a sentença e saiu de férias. Ele foi substituído por Pedro Cordeiro que ao responder a embargos de declaração movidos pela defesa de Cláudia reformulou a decisão. A atitude foi considerada ilegal pelo TRE que em 1° de agosto confirmou a primeira cassação de Cláudia. Na ocasião, cinco dos sete magistrados entenderam que ela não teria direito a recurso, mas o desembargador Amílcar Maia (primo de José Agripino, principal aliado de Cláudia) abriu divergência e dois juízes mudaram o voto. O então presidente da corte João Rebouças (por ironia dias depois substituído por Amílcar Maia) desempatou permitindo o direito ao recurso.
Em 21 de junho foi registrada a segunda cassação por abuso de poder midiático. O juiz Herval Sampaio Júnior entendeu que ela utilizou de três dos quatro jornais, de cinco das sete rádios da cidade e de uma das duas TVS, além de diversos blogs para se promover politicamente. O detalhe é que esses veículos de comunicação são amplamente beneficiados com gordas verbas de publicidade.
A terceira cassação de Cláudia Regina ocorreu em 1° de outubro. A juíza da 34ª Zona Eleitoral, Ana Clarisse Arruda, cassou o mandato dela por abuso de poder político. O principal argumento foi o uso da estrutura do Governo do Estado na campanha. O símbolo disso foram os 56 voos da governadora Rosalba Ciarlini usando o avião do Estado para participar da campanha. A chefe do Executivo estadual só fez campanha em Mossoró, berço político dela. Essa decisão resultou no primeiro afastamento do cargo.
Já a quarta cassação ocorreu uma semana depois. Desta vez por captação ilícita de sufrágio e condutas vedadas. O caso envolve uso de cadeiras de rodas e bicicletas em troca de votos.
A terceira e a quarta cassações fizeram com que Cláudia ficasse nove dias afastada do cargo. Foi preciso duas decisões favoráveis no TRE para ela retornar ao cargo.
A quinta cassação transcorreu no mesmo dia em que ela voltou ao cargo, em 11 de outubro. Desta vez ela perdeu o mandato pelo uso de um poço em troca de votos na comunidade rural do Riacho Grande.
A sexta cassação foi pelo uso de servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Urbano flagrados fazendo campanha em horário de expediente. A decisão foi da juíza Ana Clarisse Arruda.
A partir daí começaram as cassações duplas. Foram duas cassações em uma única sentença proferida por Herval Sampaio Júnior.
A nona e a décima cassações foi proferida por Ana Clarisse Arruda que entendeu que a prefeita afastada praticou caixa dois na campanha.
A prefeita ainda teve revertida duas absolvições no TRE. A primeira no uso de cimento para compra de votos e a segunda na acusação de compra de votos através do oferecimento de título de terra.
Com isso, Cláudia chegou a 12 cassações e tenta reverter a situação no TSE. Ela está afastada desde 5 de dezembro.
Eleições nos últimos 22 anos
1992
Dix-huit Rosado - 37.188 (47.79%);
- Luiz Pinto - 32.795 (42.15%);
- Luiz Carlos Martins (PT)- 6.557 (8.43%);
- Paulo Linhares (PSB) - 1.273 (1.64%);
- Brancos - 5.669 (6.49%);
- Nulos - 3.913 (4.48%);
1996
Rosalba Ciarlini (PFL) - 57.407 (52,64%);
- Sandra Rosado (PMDB) - 26.118 (28,50%);
- Jorge de Castro (PT) - 4.878 (5,32%);
- Valtércio Silveira (PMN) - 3.237 (3,53%);
- Brancos - 1.549 (1,69%);
- Nulos - 3.802 (…);
2000
Rosalba Ciarlini (PFL)- 57.369 (54,86%);
- Fafá Rosado (PMDB) - 42.530 (40,67%);
- Socorro Batista (PT) - 4.447 (4,25%);
- Mário Rosado (PMN) - 228 (0,22%);
- Brancos - 1.757 (1,59%);
- Nulos - 4.395 (3,97%);
2004
Fafá Rosado (PFL) - 57.743 (49,06%);
- Larissa Rosado (PMDB) - 34.688 (29,45%);
- Francisco José (PSB) - 21.210 (18,02%);
- Crispiniano Neto (PT) - 4.083 (3,47%);
- Brancos - 2.063 (…);
- Nulos - 5.708 (…);
2008
Fafá Rosado (PFL) - 65.329 (53,01%);
- Larissa Rosado (PSB) - 46.149 (37,44%);
- Renato Fernandes (PR) - 11.306 (9,17%);
- Heronildes Bezerra, "Heró" (PRTB) - 464 (0,38%);
- Brancos - 3.678 (2%);
- Nulos - 7.400 (5%);
2012
Claudia Regina (DEM)- 68.604
Larissa Rosado (PSB) 63.309(46,97%)
Josue Moreira (PSDC) 1.932 (1,43%)
Cinquentinha (PSOL) 948 (0,70%)
BRANCOS 2.323 (1 ,61%)
NULOS6.737 (4,68%
Bruno Barreto
Editor de Política

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