DESCASO...
Os serviços de restauração do prédio administrado pela Fundação José Augusto (FJA) começaram a ser feitos em setembro de 2012 e desde então caminhou em passos lentos até serem paralisados de vez há mais de um mês.
Os tapumes que protegiam as entradas nos fundos cederam com as chuvas, deixando espaço para a livre circulação de pessoas mal-intencionadas que usam o espaço para urinar, defecar, dormir, usar drogas e roubar materiais de construção, objetos e equipamentos teatrais, entre outros pertences que ainda restam no local.
Na parte da frente, os tapumes que ficam paralelos à calçada até estão de pé e a entrada protegida com correntes e cadeados. O problema é que na parte lateral dessa proteção as tábuas estão soltas, apenas escoradas e são retiradas facilmente. Nem mesmo a câmera de segurança (que pode captar imagens em 360 graus) da Polícia Militar instalada no poste ao lado intimida os visitantes.
Artistas locais, transeuntes e trabalhadores de lojas na vizinhança disseram à reportagem que a obra foi paralisada há algumas semanas e a empresa retirou seus equipamentos e materiais usados na reforma. Eles disseram também que o fluxo de pessoas é intenso durante todo o dia e, principalmente à noite. "Eles entram toda hora para fazer coisa ruim e usar droga. Quando estou por aqui reclamo com eles, peço para não entrar, mas eles "arrodeiam" e entram por trás", disse um flanelinha que trabalha em frente ao teatro há vários anos.
O ator e produtor Dionísio do Apodi publicou em seu perfil no Facebook a situação com a qual se deparou no local. "Já retiraram materiais de cobre, estão retirando uns mármores pretos e equipamentos. Em poucos dias não teremos mais nada lá por dentro. Pobres de nós! Dinheiro público jogado no lixo. Este teatro era para ser dos grupos de teatro de Mossoró. Abandono total! Falta de responsabilidade! Se encontrarem alguém levando equipamentos de teatro na cabeça, pelas ruas, possivelmente eram do Teatro Lauro Monte Filho", postou o membro do grupo teatral "O Pessoal do Tarará".
Antes de iniciar a obra no final de 2012, o teatro estava fechado há quatro anos sem receber eventos por conta de problemas de acessibilidade, refrigeração, insalubridade e outros problemas que traziam riscos aos artistas e público.
Os R$ 2,6 milhões anunciados para a reforma compreendem gastos com a troca da iluminação cênica, palco, acessibilidade, rota de fuga, saída de emergência, climatização, acessos internos, elevador, camarins, troca de cadeiras, mudança de revestimento, fachada, proteção contra os animais, entre outros serviços.
Questionada sobre o estado de abandono do teatro, a assessoria de comunicação da Fundação José Augusto (FJA) informou que iria averiguar a situação para depois se pronunciar.
Era uma vez um espaço cultural
Ednilto Neves
Oswaldo Montenegro, Baby do Brasil, Chico César, Joana, Dominguinhos, Wando são alguns dos nomes conhecidos nacionalmente que já se apresentaram no palco do Teatro Lauro Monte Filho. O espaço cultural que há muito tempo não recebe eventos hoje tem a visita diária de um público bastante diferente. Nada de peças, musicais ou shows. Os morcegos e pombos que sempre habitaram o local dividem agora o ambiente com usuários de drogas e vândalos que aproveitam o abandono da obra pela empresa responsável pela reforma para cometer delitos.Os serviços de restauração do prédio administrado pela Fundação José Augusto (FJA) começaram a ser feitos em setembro de 2012 e desde então caminhou em passos lentos até serem paralisados de vez há mais de um mês.
Os tapumes que protegiam as entradas nos fundos cederam com as chuvas, deixando espaço para a livre circulação de pessoas mal-intencionadas que usam o espaço para urinar, defecar, dormir, usar drogas e roubar materiais de construção, objetos e equipamentos teatrais, entre outros pertences que ainda restam no local.
Na parte da frente, os tapumes que ficam paralelos à calçada até estão de pé e a entrada protegida com correntes e cadeados. O problema é que na parte lateral dessa proteção as tábuas estão soltas, apenas escoradas e são retiradas facilmente. Nem mesmo a câmera de segurança (que pode captar imagens em 360 graus) da Polícia Militar instalada no poste ao lado intimida os visitantes.
Artistas locais, transeuntes e trabalhadores de lojas na vizinhança disseram à reportagem que a obra foi paralisada há algumas semanas e a empresa retirou seus equipamentos e materiais usados na reforma. Eles disseram também que o fluxo de pessoas é intenso durante todo o dia e, principalmente à noite. "Eles entram toda hora para fazer coisa ruim e usar droga. Quando estou por aqui reclamo com eles, peço para não entrar, mas eles "arrodeiam" e entram por trás", disse um flanelinha que trabalha em frente ao teatro há vários anos.
O ator e produtor Dionísio do Apodi publicou em seu perfil no Facebook a situação com a qual se deparou no local. "Já retiraram materiais de cobre, estão retirando uns mármores pretos e equipamentos. Em poucos dias não teremos mais nada lá por dentro. Pobres de nós! Dinheiro público jogado no lixo. Este teatro era para ser dos grupos de teatro de Mossoró. Abandono total! Falta de responsabilidade! Se encontrarem alguém levando equipamentos de teatro na cabeça, pelas ruas, possivelmente eram do Teatro Lauro Monte Filho", postou o membro do grupo teatral "O Pessoal do Tarará".
Antes de iniciar a obra no final de 2012, o teatro estava fechado há quatro anos sem receber eventos por conta de problemas de acessibilidade, refrigeração, insalubridade e outros problemas que traziam riscos aos artistas e público.
Os R$ 2,6 milhões anunciados para a reforma compreendem gastos com a troca da iluminação cênica, palco, acessibilidade, rota de fuga, saída de emergência, climatização, acessos internos, elevador, camarins, troca de cadeiras, mudança de revestimento, fachada, proteção contra os animais, entre outros serviços.
Questionada sobre o estado de abandono do teatro, a assessoria de comunicação da Fundação José Augusto (FJA) informou que iria averiguar a situação para depois se pronunciar.