POLITICA...
Bezerra distanciado do partidoTida como a legenda mais forte para as eleições deste ano, o PMDB inicia o segundo mês de 2014 mais indefinido do que no final de 2013.
Se há 30 dias era dada como certa uma articulação para fazer de Fernando Bezerra o ungido da agremiação, a última semana de janeiro mostrou que isso ruiu.
Um dos principais pontos foi às constantes ausências de Fernando Bezerra em momentos em que ele poderia fazer aparições públicas. A primeira foi em um evento sobre mídias sociais em que esteve presente o presidente nacional do PMDB, senador Valdi Raupp (RO). A segunda foi na reunião da última quinta-feira com a executiva do partido. Surgiram duas versões: 1) ele não foi por causa de um problema de saúde de um familiar da esposa. 2) não foi convidado por não ser da executiva. Logo surgiu uma contradição: o ministro Garibaldi Filho também não é e estava.
No dia seguinte o jornalista Carlos Santos cravou que Fernando Bezerra iria comunicar a desistência.
Alguns fatores estariam pesando conforme informações dos bastidores. Um deles, o principal, seria a pressão da família que não gostaria de vê-lo na política novamente.
CONSTRANGIMENTO
Outra questão para uma eventual desistência de Fernando Bezerra são os constrangimentos que ele tem passado. Enquanto os líderes do PMDB defendem o nome dele para o Governo, as bases dizem o contrário.
Vários membros da Juventude do PMDB têm sugerido nas redes sociais que o nome do partido para o Governo do Estado tem que ser o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves.
O líder peemedebista tem dito que não vai tentar o cargo no Executivo com a justificativa de que pode ajudar mais ao Estado atuando em Brasília. No entanto, o PMDB está em crise com o PT e um eventual segundo biênio de Henrique à frente da Casa estaria em risco.
HISTÓRIA
Não é a primeira vez que Fernando Bezerra é cotado para disputar o Governo do Estado. Em 1982, quando ainda era um jovem empresário, Bezerra era o nome trabalhado pelo senador Dinarte Mariz para bater chapa com José Agripino para saber quem seria o nome do PDS ao Governo. O "Pacto da Solidão", como ficou conhecido, não prosperou e Bezerra só entrou na política em 1990 quando foi eleito suplente de senador de Garibaldi que quatro anos depois abriu a vaga para ele. Bezerra foi reeleito senador em 1998 e só em 2002 voltou a pensar em ser governador, quando acabou derrotado no primeiro turno após aparecer como favorito pelo PTB. Em 2006, Bezerra perdeu a reeleição para a hoje governadora Rosalba Ciarlini (DEM) por pouco mais de 11 mil votos.
Já Henrique teve duas tentativas na majoritária. Em 1988 e 1992 tentou ser prefeito de Natal e em ambas acabou derrotado por Wilma de Faria e Aldo Tinôco, um até então desconhecido ex-secretário municipal.
Já Garibaldi foi eleito quatro vezes deputado estadual entre 1970 e 1982. Em 1985 foi prefeito de Natal; senador em 1990, 2002 e 2010; e governador em 1994 e 1998. A única derrota foi para o Governo em 2006.
Já Walter Alves, outro cotado para entrar na disputa pelo governo, acumula duas eleições de deputado estadual.
Bruno Barreto
Editor de Política
PMDB inicia mês de fevereiro em situação mais indefinida para o Governo que na virada do ano
- Publicado em 02 de Fevereiro de 2014
- : por Redação

Se há 30 dias era dada como certa uma articulação para fazer de Fernando Bezerra o ungido da agremiação, a última semana de janeiro mostrou que isso ruiu.
Um dos principais pontos foi às constantes ausências de Fernando Bezerra em momentos em que ele poderia fazer aparições públicas. A primeira foi em um evento sobre mídias sociais em que esteve presente o presidente nacional do PMDB, senador Valdi Raupp (RO). A segunda foi na reunião da última quinta-feira com a executiva do partido. Surgiram duas versões: 1) ele não foi por causa de um problema de saúde de um familiar da esposa. 2) não foi convidado por não ser da executiva. Logo surgiu uma contradição: o ministro Garibaldi Filho também não é e estava.
No dia seguinte o jornalista Carlos Santos cravou que Fernando Bezerra iria comunicar a desistência.
Alguns fatores estariam pesando conforme informações dos bastidores. Um deles, o principal, seria a pressão da família que não gostaria de vê-lo na política novamente.
CONSTRANGIMENTO
Outra questão para uma eventual desistência de Fernando Bezerra são os constrangimentos que ele tem passado. Enquanto os líderes do PMDB defendem o nome dele para o Governo, as bases dizem o contrário.
Vários membros da Juventude do PMDB têm sugerido nas redes sociais que o nome do partido para o Governo do Estado tem que ser o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves.
O líder peemedebista tem dito que não vai tentar o cargo no Executivo com a justificativa de que pode ajudar mais ao Estado atuando em Brasília. No entanto, o PMDB está em crise com o PT e um eventual segundo biênio de Henrique à frente da Casa estaria em risco.
HISTÓRIA
Não é a primeira vez que Fernando Bezerra é cotado para disputar o Governo do Estado. Em 1982, quando ainda era um jovem empresário, Bezerra era o nome trabalhado pelo senador Dinarte Mariz para bater chapa com José Agripino para saber quem seria o nome do PDS ao Governo. O "Pacto da Solidão", como ficou conhecido, não prosperou e Bezerra só entrou na política em 1990 quando foi eleito suplente de senador de Garibaldi que quatro anos depois abriu a vaga para ele. Bezerra foi reeleito senador em 1998 e só em 2002 voltou a pensar em ser governador, quando acabou derrotado no primeiro turno após aparecer como favorito pelo PTB. Em 2006, Bezerra perdeu a reeleição para a hoje governadora Rosalba Ciarlini (DEM) por pouco mais de 11 mil votos.
Já Henrique teve duas tentativas na majoritária. Em 1988 e 1992 tentou ser prefeito de Natal e em ambas acabou derrotado por Wilma de Faria e Aldo Tinôco, um até então desconhecido ex-secretário municipal.
Já Garibaldi foi eleito quatro vezes deputado estadual entre 1970 e 1982. Em 1985 foi prefeito de Natal; senador em 1990, 2002 e 2010; e governador em 1994 e 1998. A única derrota foi para o Governo em 2006.
Já Walter Alves, outro cotado para entrar na disputa pelo governo, acumula duas eleições de deputado estadual.
Bruno Barreto
Editor de Política